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Com mais de 500 participantes, encontro da direita de Rondonópolis reforça discurso de união

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Da Redação

 

O posicionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que um dos erros políticos que cometeu foi não ter se empenhado mais para eleger prefeitos e vereadores em 2020 parece ter sido assimilado à risca pelos bolsonaristas mato-grossenses, que já começaram a se organizar para o processo eleitoral de 2024.

No 1º Encontro Patriota, realizado neste domingo (2) pelo Movimento Conservador de Rondonópolis, a palavra união foi parte quase obrigatória de todos os discursos. Com mais de 500 participantes, o evento, que foi realizado na sede do Centro de Tradição Gaúcha – CTG de Rondonópolis, reuniu as principais lideranças da direita, locais e estaduais como os deputados federais José Medeiros (PL), Abílio Júnior (PL) e a coronel Fernanda (PL), além dos deputados estaduais Cláudio Ferreira (PTB), Faissal Calil (Cidadania), Elizeu Nascimento (PL) e Gilberto Cattani (PL), bem como vereadores da Região Sul.

Para Cláudio Ferreira, a desunião é o grande obstáculo a ser vencido pela direita.

“Se não nos juntarmos para lutar em sincronia pela verdade, seremos vencidos por uma mentira dita mil vezes (…). Nós temos um cimento, uma argamassa que nos liga que são valores de família, liberdade e a defesa da propriedade privada. Todavia, sem colaboração mútua nada prospera, nem mesmo uma ideia”, enfatizou Ferreira.

Enquanto a Coronel encorajou as mulheres de direita para se candidatarem e Cattani criticou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva  (PT) e sua aliança com os ditadores comunistas, Faissal e Elizeu elogiaram a organização do evento e afirmaram que a ideia é repeti-lo nos mesmos moldes em outras regiões do estado. Já Abílio apelou para um discurso motivacional de união.

“Não podemos brigar entre nós mesmos. Cada liderança aqui tem um perfil, então vamos usar a inteligência e somar forças. Enquanto a direita briga, quem ganha é à esquerda. Nós precisamos resgatar esse país”, disse Abílio, que é o nome da direita na disputa pela Prefeitura de Cuiabá.

Medeiros, por sua vez, usou como exemplo o seu partido, o PL, que segundo ele tem deixado muito claro a todos os seus filiados onde quer chegar e o que espera de cada um. “Esse tipo de movimento aqui será o pilar para 2026 (eleições presidenciais) e claro que isso passa por 2024. Nossos adversários já estão se movimentando, já começaram a guerra. Tenho visto o PL, tanto nacional como a direção estadual, adotar uma linha muito correta: quem não for direita e não for Bolsonaro, está convidado a sair. Nós aceitamos arrependidos, mas não enrustidos. É preciso que estabeleçamos uma união convicta do propósito”, ressaltou o federal.

Saulo Breda Guizelini, um dos líderes do Movimento Conservador de Rondonópolis e um dos organizadores do evento, ressaltou que tão importante quanto estabelecer uma união estratégica é também organizar o pensamento de direita.

“Temos um sonho de ter um instituto ou uma associação que nos proporcione fazer mais eventos como esse, palestras e congressos de direita. Se não construirmos a direita a partir de suas ideias, não vai se chegar a lugar nenhum. Não adianta dizer que é de direita, é preciso uma base teórica de eleitores e políticos com esses conceitos. Só assim teremos um trabalho realmente de base e sólido, já que as pessoas podem morrer, mas a ideia ficará”, cravou.

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