Vídeo: Agiotas são flagrados açoitando homem durante cobrança

O Delegado Guilherme Bertoli, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), afirmou que já identificou a quadrilha de cobradores que está praticando extorsão, agiotagem e tortura das vítimas em Cuiabá. A ação violenta do grupo ganhou notoriedade em vídeos nas redes sociais. Um deles está preso, outro morreu em acidente e o terceiro segue foragido.

Em entrevista ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, Bertoli afirmou que se trata de “um bando de covardes e patetas”, que vão em grupo de até 6 criminosos cobrar a dívida e realizam tortura das vítimas indefesas.

Em um dos casos, a vítima é uma mulher. Ela sofreu tortura psicológica por meses, confiou no trabalho da polícia e registrou a ocorrência. Com base na investigação, a equipe da Derf identificou 3 suspeitos que aparecem em um dos vídeos gravados pela filha da mulher.

O primeiro, J.G.B.S., 36, preso no dia 7 de agosto, na rodovia Helder Cândia com base em um mandado de prisão decretada pelo Núcleo de Inquéritos Policiais. Ele dizia ser fazendeiro e há histórico de atuação como agiota em Rondônia.

Já o segundo criminoso identificado está morto. Trata-se de Ailton Alex Nunes, o Alex Bafo, de 31 anos, morto no dia 16 de julho, na MT-251, estrada que liga Cuiabá a Chapada, após bater com uma motocicleta BMW contra uma árvore.

Alex já era conhecido no meio policial, sendo preso por se passar por investigador da Polícia Civil. O terceiro identificado está foragido. A identidade dele não foi confirmada.

Vídeos de agressões

Primeiro vídeo que circula nas redes sociais mostra grupo agredindo um homem, em um estacionamento da avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, durante cobrança de dívida. Vítima é agredida com tapas e golpes de chicote.

Na ação, ao menos 4 homens são flagrados batendo e encurralando a vítima. Um deles afirma que ‘é assim que briga’. Em seguida, outro dá um tapa na cara do homem.

Assustada, vítima afirmava que ‘vai pagar’. Ao que tudo indica, o grupo é responsável por realizar cobranças de agiotas. Caso é de maio deste ano.