Da Redação
O deputado federal José Medeiros (PL) disse que o depoimento do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nesta quinta-feira (17), foi revelador e demonstrou a ligação do senador mato-grossense com MST. Além disso, Medeiros criticou o fato de Fávaro atacar a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso), entidade que ele presidiu no período de 2012 a 2014. Em seu depoimento, Fávaro disse que a Aprosoja perdeu a legitimidade e se politizou.
“Foi um dos dias mais difíceis do ministro Fávaro em Brasília e também um dos mais reveladores. O ministro acabou se desnudando perante a CPI. Ele desdenhou da Aprosoja, que é a entidade de representação dos agricultores, que é reconhecida nacionalmente por todos os avanços no setor. Fávaro cuspiu no prato que comeu. Esqueceu-se, por exemplo, de que foi eleito com o voto dos agricultores dizendo que era bolsonarista. Se não bastasse, ele disse que tem amigos na organização criminosa chamada MST”, disparou o deputado federal.
Para Medeiros, Fávaro não vem medindo esforços para agradar ao PT e manter-se no cargo, mesmo que para isso seja necessário criticar o agronegócio e elogiar o MST, que é um movimento criminoso que defende e invade terras no Brasil.
“Resta saber se o ministro realmente tem relação com o MST e escondeu isso do agronegócio ou falou apenas para agradar os novos amigos e tentar pegar um verniz de esquerda para se manter no cargo”, questionou. O parlamentar acrescentou ainda, que o esforço que Fávaro vem fazendo para agradar o PT e se manter no cargo demonstra fragilidade do ministro dentro do governo.
Prisão
Em abril deste ano, Medeiros solicitou ao coordenador do Núcleo de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa do Distrito Federal, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, pedindo a prisão preventiva do economista João Pedro Stédile, um dos fundadores do MST. No pedido, o parlamentar anexou um vídeo onde Stédile faz incitações criminosas que atentam contra o Estado de Direito. No vídeo publicado pelo MST, o líder do movimento incentiva a invasão de fazendas.
Além de pedir a prisão do fundador do MST, o parlamentar cobrou do Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria Geral da República medidas contra ações de incitações criminosas manifestadas por Stedile e contra a infiltração do MST no Estado por indicações a cargos e funções no Governo Federal.