O ex-procurador Deltan Dallagnol decidiu não recorrer ao Superior Tribunal Federal (STF) na tentativa de reverter a cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter mantido, na semana passada, a decisão que resultou em sua cassação. Segundo Dallagnol, o Supremo tem agido de forma política e arbitrária, o que tornaria improvável uma reversão do quadro. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do ex-procurador, nesta segunda-feira (18).
“Não há justiça no Supremo. Eu sempre lutei por justiça, mas infelizmente não a reconheço nas decisões tomadas pela maioria do STF hoje. O STF está destruindo a democracia que deveria proteger, com decisões cada vez mais arbitrárias”, disse Deltan. “No STF, eu seria julgado pelos mesmos ministros que cassaram meu mandato em um exercício de futurologia e pelos mesmos ministros que mataram a Lava Jato, como Gilmar Mendes e Dias Toffoli, que dominam hoje na corte”, acrescentou.