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Há um ano, Lula dizia aos eleitores que “banheiro unissex saiu da cabeça de Satanás”

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Da Redação

 

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania publicou uma resolução que orienta todas as escolas do país a instalarem banheiros de uso individual, “independente de gênero”. Contudo, durante o lançamento de uma carta aos eleitores evangélicos, no dia 19 de outubro do ano passado, Lula afirmou que banheiro unissex só poderia “ter saído da cabeça de Satanás”. O petista criticou a ideia, dizendo que tinha “família, filha, netas e bisneta”.

A intenção de Lula era rebater insinuações contra ele relacionadas às pautas de costumes, na qual afirmava seu compromisso com a liberdade religiosa, desmentia que fecharia igrejas e garantia que não instalaria banheiros unissex em escolas públicas. Lula classificou as acusações contra ele de “berrantes”.

“As acusações são as mais berrantes possíveis. Tem coisa que eu não acredito que um ser humano possa acreditar. Mas eles falam e tem gente que acredita. Agora, inventaram a história do banheiro unissex. Oh, gente, eu tenho tenho família, eu tenho filha, eu tenho netas, eu tenho bisneta. Só pode ter saído da cabeça de Satanás a história de banheiro unissex”, disse na época o petista. O discurso pode ser assistido no vídeo abaixo.

 

 

Na mesma semana, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro de alertar os eleitores para o risco de implantação, nas escolas brasileiras, do possível “banheiro unissex”, caso Lula vencesse o pleito.

Em nota publicada neste sábado (23), o governo explica que não há obrigação das escolas do país seguirem o que diz a Resolução do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, pois “o documento não possui caráter legal ou de obrigatoriedade e nem cita banheiros unissex”.

A nota também informa que “não há decreto, ordem emanada de autoridade superior que determine o cumprimento de resolução sobre o tema” e que “a resolução apenas formula orientações quanto ao reconhecimento institucional da identidade de gênero e sua operacionalização”.

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