(Felipe Moura Brasil, publicado no portal O Antagonista em 12 de novembro de 2023)
Quanto mais chegam imagens de civis palestinos escapando do Hamas por corredores humanitários abertos diariamente por Israel na Faixa de Gaza, e as tropas israelenses avançam sobre centros de comando do grupo terrorista no norte do território, eliminando seus líderes, armas e infraestrutura de guerra, mais colunistas decretam que Israel já perdeu.
É um esforço permanente para que as narrativas se sobreponham à realidade, não importando se elas estão alinhadas ao discurso dos chefões do Hamas no Qatar e na Turquia, que, financiados pelo terrorismo de camarote do Irã, comandam massacres igualmente a distância, enquanto aproveitam uma vida de luxo e de participações esporádicas na TV.
Mas o mundo não é a bolha da esquerda global, habitada pela maioria dos colunistas brasileiros.
O que Israel perdeu, como sabem todos os cidadãos de bom senso, foram 1.200 pessoas assassinadas com requintes de crueldade (e eu não me esqueço da cena do cachorro metralhado no kibutz), durante um sábado de sol em que dormiam no quarto, brincavam no jardim e dançavam em festival de música eletrônica.
O que Israel perdeu e tenta resgatar foram 239 pessoas sequestradas e mantidas em cativeiro pelo Hamas, esse sindicato de viúvos de Hitler que se protegem do cerco do exército inimigo escondendo-se sob hospitais, escolas e mesquitas, usando o povo palestino como escudo humano e tentando impedir sua saída.
O que Israel perdeu, também, foram vários militares que arriscaram suas vidas para salvar os reféns em Gaza e acabaram assassinados pelos seus sequestradores.
O que Israel perdeu, do início ao fim, foi a sensação de segurança de seus 9,5 milhões de habitantes em seguir a vida como se ela não estivesse vulnerável a novos ataques, considerando que os próprios líderes do Hamas exaltaram o de 7 de outubro e manifestaram o desejo de repeti-lo.
Essas foram as derrotas de Israel. E não existe reação perfeita contra grupos terroristas que as impõem com todos esses expedientes e que, para assassinar também a reputação dos judeus, ainda plantam na imprensa amiga números aleatórios de mortos e feridos palestinos, inclusive em explosões causadas por foguetes errantes disparados por eles próprios.
O que existe é a reação militar possível, com os devidos esforços para evacuação de civis das áreas a serem bombardeadas, todos eles sonegados, em matéria de informação e destaque, por colunistas, influenciadores, partidos e governos interessados em caluniar Israel como Estado “assassino” e “genocida”.
Enquanto no mundo real se debate como garantir a segurança em Gaza após a neutralização do terrorismo e do regime de opressão do Hamas, os casos…
– do hospital Al-Ahli (tão vexaminoso que rendeu “retratações”, mas que segue gerando desinformação);
– da igreja São Porfírio;
– da escola Abu Hussein;
– dos “campos de refugiados”;
– da selfie do fotojornalista ganhando beijoca de Yahya Sinwar;
– do hospital Al-Shifa (sob o qual fica a central terrorista, ainda não atacada, porque as FDI buscam evacuar civis);
– e das demais narrativas de Pallywood fornecidas pelo “Ministério da Saúde em Gaza”, que é o Hamas, e reverberadas na ONU por socialistas como o secretário-geral, António Guterres…
…mostram que, no campo factual e moral, se alguém já perdeu a guerra, foi a imprensa, não Israel.
Explorar fake news e destacar dados não verificados para comover plateias ingênuas e impor previamente a derrota final ao Estado judeu na opinião pública, em vez de expor os fatos e esclarecer os episódios relativos à defesa de 9,5 milhões de pessoas sob permanente e confessada ameaça – sem contar os judeus espalhados pelo mundo, inclusive sob a mira do Hezbollah no Brasil – não é colunismo jornalístico, mas propaganda antissemita a serviço do terror, de seus financiadores e dos aliados de ambos, em busca da vitória do ódio, do cinismo e da mentira.