Agência Estado
O recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou em seu discurso da vitória, realizado na noite deste domingo (19), que começará a realizar o processo de reconstrução da Argentina.
“Hoje começa o fim da decadência da Argentina. Hoje viramos a página da nossa história, acabamos com o modelo do Estado provedor, que só beneficia alguns. Termina a visão de que os agressores são as vítimas e as vítimas são os agressores”, afirmou Milei.
O presidente eleito agradeceu ao ex-presidente Mauricio Macri e à candidata de Macri, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, Patricia Bullrich, pelo apoio concedido no segundo turno contra o peronista Sergio Massa. Milei agradeceu também aos eleitores que realizaram a fiscalização dos votos impressos, em meio aos questionamentos que ele fez quanto à possibilidade de fraudes.
“Vamos mais uma vez abraçar a ideia da liberdade. As mudanças que o nosso país precisa são drásticas, não temos lugar para fraqueza. Se não avançarmos com as mudanças que a Argentina precisa, nos dirigiremos à maior crise da história”, afirmou o presidente eleito.
Javier Milei também afirmou, no discurso, que terá compromisso com a democracia, com o livre mercado e com a paz. O novo representante do Poder Executivo disse que todos que em algum momento foram contra as ideias da sua candidatura serão bem-vindos para contribuir com o novo governo, mas ressaltou que não irá tolerar ações violentas.
“Sabemos que haverá resistência e as pessoas vão querer manter esse sistema de privilégios. Mas na nova Argentina não há lugar para violência, seremos implacáveis contra quem utilizar a força. Quero dizer que o nosso compromisso é com a democracia, o livre mercado e a paz”, declarou.
Milei acrescentou ainda que a situação política e econômica da Argentina é sombria, mas que vislumbra um futuro para o país, e que ele é liberal. Segundo Milei, o modelo do Estado indutor da economia só beneficiava a alguns, e o país mais uma vez vai abraçar a ideia da liberdade.
O presidente eleito também declarou que terá a determinação para acertar as contas fiscais. Segundo ele, a tarefa de ajuste do orçamento e dos gastos públicos não é uma tarefa para fracos, covardes e corruptos.
“Além da euforia e da tarefa gigantesca que temos pela frente, lembrem-se que o nosso modelo se baseia no respeito irrestrito ao próximo baseado na não agressão, no direito à vida, à liberdade e à propriedade”, apontou.
O novo presidente acrescentou que os países que adotam o modelo de livre mercado são mais ricos, e que a Argentina voltará a ser uma grande potência, como o foi no século 19.
“Os países que abraçam a ideia de liberdade são oito vezes mais ricos, as pessoas vivem 20% a mais. Temos a determinação de colocar a Argentina de pé mais uma vez”, finalizou.