Da Redação
Os senadores Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL) assinaram um manifesto nesta quinta-feira (4), em que se recusam a atender à convocação dos chefes dos Poderes da República para participação no ato denominado de “Democracia Inabalada”. A lista consta com 30 nomes de senadores do País.
Ao refutarem a manifestação que lembra um ano dos ataques do 8 de Janeiro que destruíram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, os senadores cobraram dos organizadores do evento que voltem a atuar dentro dos ditames constitucionais e apelaram pela retomada da normalidade democrática no Brasil. Destacaram ainda que a prática de atos excepcionais por um Poder com a justificativa de proteger a democracia precisa ser urgentemente estancada.
“O abuso dos poderes e o uso indevido de interpretações de dispositivos constitucionais pode matar a democracia. A volta à normalidade democrática não pode mais esperar”, disseram os senadores, no manifesto.
O senador Wellington Fagundes diz que espera mais compromisso com a democracia brasileira e que é contra o abuso de poder. O senador ressalta que algumas instituições atuaram de forma parcial, o que não é permitido num país democrático.
“Sigo convicto com os 29 parlamentares de que a lei não pode ser aplicada de forma seletiva, pois observamos que dois cidadãos que depredaram a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, foram libertados no dia seguinte e vão responder em liberdade, enquanto cidadãos que participaram dos atos em Brasília, responderam ao processo presos (inclusive um réu faleceu após 9 meses de prisão com parecer do MPF favorável a liberdade provisória) e vêm sendo condenados a penas abusivas que variam entre 13 e 17 anos de reclusão. Por este e outros motivos, não participarei do ato na próxima semana”, afirmou.