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Coronel do Exército esteve em Cuiabá 4 vezes antes do assassinato de Roberto Zampieri

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Da Redação

 

A Polícia Civil de Mato Grosso transferiu nesta quarta-feira (17), para Cuiabá, o militar da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, quarto preso por envolvimento no assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto no mês passado quando saía de seu escritório, na capital.

As investigações apontam que foi Vargas quem financiou a execução do homicídio do advogado. Ele foi preso na segunda-feira (15) em Belo Horizonte pela equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que confirmou que a morte de Zampieri foi encomendada por R$ 40 mil.

Etevaldo passou por audiência de custódia nesta terça e a Justiça de Minas Gerais manteve a prisão dele e ainda autorizou a transferência da capital mineira para Cuiabá, onde a investigação continua. Ele vai ficar preso em uma cela no 44º Batalhão.

A investigação apontou ainda que ele esteve em Cuiabá 4 vezes desde 2022. Conforme o delegado Marcel Gomes, foram contratados dois pistoleiros para o crime. Para isso, o contratante usou uma pessoa para intermediar a negociação e que também fazia o pagamento. Essa pessoa seria o coronel Etevaldo.

“O senhor Etevaldo é justamente a pessoa que recebe os pistoleiros em seu escritório para passar a demanda, bem como o pagamento para fazer a execução com o advogado”, disse o delegado.

O valor total que Antônio Gomes Silva, autor dos disparos, receberia era R$ 40 mil. O delegado Edison Pick explicou que ele recebeu R$ 20 mil antes do crime e que receberia a outra quantia depois. Mas, acabou preso 3 dias antes do recebimento.

Prisões e transferências

Outros três investigados pelo assassinato de Roberto Zampieri, entre eles a mandante, o executor e o intermediário do homicídio, foram presos no mês de dezembro passado, nas cidades de Patos de Minas e Belo Horizonte. As prisões foram efetuadas por equipes da Delegacia de Homicídios de Cuiabá, com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.

A mulher apontada nas investigações da DHPP como a mandante do homicídio foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro, no dia 20 de dezembro, por uma equipe da DHPP de Cuiabá, com apoio da delegacia do município. Encaminhada à delegacia de Patos de Minas, ela foi interrogada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque e negou que tivesse encomendado o assassinato do advogado.

Já o executor do crime foi preso, na mesma data, na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, e encaminhado à capital, onde foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá.

No dia 22 de dezembro, também com apoio do DHPP da Polícia Civil de Minas Gerais, foi cumprido o mandado de prisão contra o terceiro envolvido na morte do advogado, apontado como o provável intermediador do crime, responsável por contratar o serviço e entregar a arma de fogo ao executor.

As investigações da Delegacia de Homicídios de Cuiabá apontaram que, após contratar o executor pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, a mesma data em que ocorreu o crime. O encontro entre o intermediador e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados na capital mato-grossense.

No dia 23 de dezembro, os três foram transferidos com autorização judicial, de Minas Gerais para Cuiabá, pelas equipes da DHPP de Cuiabá, em aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas da Segurança Pública (Ciopaer). Após os exames de corpo de delito, os dois homens foram encaminhados à Penitenciária Central do Estado e a mulher à Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, ambas em Cuiabá.

Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.

 

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