Da Redação
Os empresários Bruno Cicaroni Alberici e Mário Teixeira Santos da Silva e o advogado Elisandro Nunes Bueno foram presos nas operações Déjà Vu e Odisseia, deflagradas na manhã desta quarta-feira (31), pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz) e o Ministério Público Estadual (MPE). Eles também foram alvos de mandado mandado de busca e apreensão, bloqueio de contas e sequestro de bens.
As ações investigam um esquema que deu prejuízo de R$ 370 milhões aos cofres públicos de Mato Grosso, por meio de fraudes fiscais relacionadas ao ICMS.
Já o advogado Edgleyton Barbosa da Silva e duas pessoas identificadas como Edenilton Balbino Costa e Solange da Silva tiveram apenas os bens e as contas bloqueadas.
Dentre os bens sequestrados estão residências de luxo nos principais condomínios da capital cuiabana, veículos e embarcações.
No total, as operações cumpriram 24 mandados em Mato Grosso e também no Pará e Paraná.
Investigação da Operação Odisseia constatou que o grupo criminoso criou diversas empresas de fachada e induziu o Poder Judiciário a erro, obtendo liminares indevidas, com o escopo de fraudar a fiscalização e lesar os cofres públicos.
Na mesma operação, foi observada a utilização de dados cadastrais de contadores já falecidos, fato que tinha o objetivo de dificultar e responsabilizar o verdadeiro responsável contábil que operava para a organização criminosa.
Já na operação Déjà Vu, assim como na operação Odisseia, identificou-se a criação de diversas empresas registradas em nome de laranjas, com a intenção de viabilizar a sonegação de impostos, muito provavelmente mascarando a origem real dos produtos e o produtor rural responsável de fato pela expedição da nota fiscal.