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Rim de porco é transplantado em paciente humano pela 1ª vez na história

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Cirurgiões do Massachusetts General Hospital, em Boston, nos Estados Unidos, transplantaram um rim de porco em um paciente humano vivo pela primeira vez. O paciente de 62 anos, Richard Slayman, está se recuperando bem após sua cirurgia de quatro horas, realizada em 16 de março.

“Eu vi isso não apenas como uma maneira de me ajudar, mas uma maneira de fornecer esperança para as milhares de pessoas que precisam de um transplante para sobreviver”, disse Slayman em comunicado fornecido pelo Massachusetts General Hospital.

Slayman, de Weymouth, Massachusetts, tem histórico de diabetes tipo 2 e pressão alta e estava em diálise há sete anos antes de se submeter a um transplante de rim humano em 2018. No entanto, cinco anos depois, o órgão transplantado apresentava sinais de falência. Ele reiniciou a diálise em 2023, o que causou complicações graves que exigiram visitas regulares ao hospital para serem administradas.

Uma oportunidade surgiu para Slayman receber um rim de porco e, depois de discutir os riscos potenciais do procedimento com seus médicos, ele consentiu com a operação.

O rim em si veio da eGenesis, uma empresa de biotecnologia que está desenvolvendo órgãos projetados compatíveis com humanos. A empresa usa o famoso sistema de edição de genes CRISPR-Cas9 para ajustar os genes de seus porcos.

Para tornar os órgãos adequados para as pessoas, os cientistas cortam três genes envolvidos na produção de carboidratos, ou açúcares, encontrados em porcos que o sistema imunológico humano ataca. Além disso, eles adicionam sete genes humanos que ajudam a prevenir efeitos dominó relacionados à imunidade que podem levar à rejeição do transplante. E, finalmente, eles desativam trechos de DNA viral – chamados retrovírus endógenos – nos genomas dos porcos que não incomodam os porcos, mas podem machucar os humanos, de acordo com o eGenesis. Ao todo, os cientistas fazem 69 edições no DNA do porco.

Como parte do procedimento de transplante, Slayman recebeu dois tratamentos à base de anticorpos para ajudar a prevenir a rejeição de órgãos, bem como medicamentos imunossupressores. O aparente sucesso do procedimento levanta a esperança de que tais transplantes possam um dia ser comuns.

A equipe que realizou a cirurgia pioneira foi liderada por um brasileiro, o nefrologista Leonardo Riella, diretor médico de transplante renal do hospital. “Nossa esperança é que a diálise se torne obsoleta”, disse Riella.

 

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