(Rodrigo Constantino, publicado no jornal Gazeta do Povo em 22 de abril de 2024)
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, voltou a vestir seu boné de militante ideológico e atacou a “extrema direita”. Barroso, que gritou num convescote comunista da UNE “nós derrotamos o bolsonarismo”, enxerga grande ameaça à democracia por conta da tal direita radical. Barroso, que soltou um “perdeu, mané, não amola” para um cidadão que pedia mais transparência eleitoral, prega a censura para combater os fantasmas da direita extremista.
Para Cláudio Dantas, o ministro virou um teórico da conspiração: “Luís Roberto Barroso adere à tese de conspiração global da extrema direita e fala em ‘momento delicado’ para a liberdade de expressão. Caro ministro, só é delicado quando a liberdade é cerceada em nome de se defendê-la, quando a Constituição é excepcionalizada. Os brasileiros não precisam de tutores, o STF não é editor da nação”.
Qual o mérito da teoria de Barroso? O liberal Helio Beltrão explica o que seria necessário para dar alguma credibilidade a esta narrativa:
Elon Musk, eleitor do Biden, se tornou ‘bolsonarista de extrema direita’. Shellenberger, simpatizante da esquerda, se tornou ‘bolsonarista de extrema direita’. Glenn Greenwald se tornou ‘bolsonarista e extrema-direita’. De alguma forma, Bolsonaro conseguiu convencer o mundo a defender a liberdade de expressão para poder usá-la para coisas horrorosas… Os liberais, há 250 anos defensores da liberdade de expressão, viraram ‘extrema direita’. Os juristas constitucionais como Marco Aurelio Mello viraram ‘extrema direita’. Aqueles que defendem o Rule of Law viraram ‘extrema-direita’. Finalmente, o Congresso Americano emite um documento oficial de “extrema direita” que revela ordens ilegais de censura… Segundo Barroso, existe extrema esquerda e extrema direita, mas parece que foi preciso dar um jeito via censura (e agora via regulação das redes) só na “extrema direita”, aquele grupo majoritário mundial (acima) que tudo critica, que é veemente, que questiona tudo. Como é incômoda esta maioria!
A tática da extrema esquerda sempre foi acusar seus adversários de fascistas ou extrema direita. Barroso se considera um “progressista”, mas está claro que age como um comunista. E declarou guerra aos conservadores, mesmo como presidente do STF, o que é inaceitável para um magistrado supremo. Leandro Ruschel comentou:
Barroso deixa claro que é um opositor da direita, a quem ele trata como promotora do ódio, desinformação, e destruição de reputação. Ele acusa essa “direita extremista” de montar uma “articulação global”, e fala que a liberdade de expressão é importante, PORÉM, ela estaria alimentando o extremismo através das redes sociais, que lucrariam espalhando discursos extremistas que engajariam mais. Ora, não seria o discurso do ministro uma teoria da conspiração e ao mesmo tempo, um discurso de ódio contra um grupo que representa, PELO MENOS, metade do país? Como o ministro da corte mais alta de um país pode assumir um lado do espectro político, ao ponto de reconhecer que ajudou a derrotar o “bolsonarismo” nas eleições? Ninguém promove mais ódio e ideias antidemocráticas do que a esquerda. Esse mesmo ministro não ganhou notoriedade, quando ainda era advogado, defendendo um terrorista comunista italiano que recentemente confessou seus crimes, promovidos em nome dessa ideologia nefasta? Desde sempre, os comunistas montaram uma operação coordenada em escala global que foi amplificada nos últimos anos. Na América Latina, Foro de São Paulo opera de forma coordenada para impor ditaduras no continente. Essa coordenação antidemocrática não recebe nenhuma crítica, ministro? A direita não tem nada próximo dessa coordenação. Além disso, é público e notório que quase todas as redes sociais tem uma postura de repressão à direita, enquanto promovem toda a agenda extremista de esquerda. Há apenas uma rede que passou a ser mais tolerante com a direita depois da compra pelo Elon Musk. O X/Twitter é uma rede pequena perto do YouTube e do Instagram/Facebook/WhatsApp. Na verdade, o ministro busca novamente justificar as arbitrariedades contra a direita pelo “risco à democracia”. Só que há um problema: não há como proteger a democracia instalando uma ditadura.
Mas essa tem sido justamente a intenção do sistema tucanopetista, do consórcio PT/STF/imprensa. Eles lutam para impor a censura, criar uma ditadura, tudo isso em nome do combate ao “extremismo” da direita. O que eles não toleram mesmo é a liberdade.
Só falta agora Barroso usar a Venezuela lulista para “provar” sua teoria da conspiração, alegando que o país sob a ditadura de Maduro demonstra o perigo da “extrema direita”.
Afinal, o mesmo Barroso já afirmou que a socialista Venezuela é uma “ditadura de direita”, pois tem apoio dos militares seduzidos pelo companheiro do Foro de SP. Se Lula “seduzir” nossos militares melancias, poderemos concluir então que o Brasil virou uma ditadura de direita, Barroso?