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Geller diz que ficou ‘chateado’ pela forma como saiu do governo e que foi contra leilão de arroz

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Da Redação

 

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados ouviu nesta terça-feira (18) o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. O ex-secretário se defendeu das acusações de uma suposta irregularidade no certamente e relevou que ficou “chateado” com sua saída da pasta.

“Eu fiquei chateado sim com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, com a forma como eu saí do governo. Mas eu quero deixar registrado: é legítimo, por parte do ministro, é legítimo por parte do governo, me afastar, não tem problema nenhum”, disse Geller.

O ex-secretário disse aos deputados da Comissão ter alertado que o leilão teria sido feito de forma apressada e sem ouvir o setor produtivo, mas que foi voto vencido na decisão tomada pela Casa Civil.

“A decisão foi tomada em âmbito da Casa Civil porque era lá que estava se discutindo a questão da enchente [no Rio Grande do Sul]. A decisão foi discutida com colegiado, a equipe técnica liderada pela Casa Civil com a presença do ministério da Fazenda, do ministério do Planejamento, da Sage, Ministério da agricultura, MDA e Conab. Nunca falei que foi uma decisão do ministro”, frisou.

Entretanto, Neri declarou que não iria fazer críticas apenas por “politicagem”, e que estava à disposição para esclarecer os fatos que levaram ao cancelamento do leilão.

“E não tem essa de que eu iria sair atirando no governo. Não é meu perfil, não sou injusto, não faço politicagem, o que vamos fazer é, de forma ordeira, honesta, esclarecer os fatos. Estou à disposição de qualquer investigação que possa vir, porque não tenho nenhuma vírgula a esconder”, esclareceu.

Neri Geller foi demitido na semana passada pelo ministro Carlos Fávaro, após suspeitas de irregularidades que levaram à anulação do leilão para importar 263 mil toneladas de arroz. Duas empresas criadas por um ex-assessor de Geller – Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e Foco Corretora de Grãos – intermediaram a venda do arroz pelo leilão. Das 263,3 mil toneladas vendidas no leilão, 116 mil toneladas foram negociadas por Robson Luiz de Almeida França, ex-assessor parlamentar de Geller quando era deputado federal.

 

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