O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os últimos argumentos no processo que avalia um pedido de cassação e a declaração de inelegibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação devido à realização de um ato com artistas em São Paulo (SP), na reta final do primeiro turno das eleições de 2022. A informação é da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Batizado de “Grande Ato Brasil da Esperança com Lula”, o evento reuniu artistas como Emicida, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Daniela Mercury e Djamila Ribeiro, que subiram ao palco ou gravaram vídeos em defesa do petista em um auditório no centro de convenções do Anhembi, em 26 de setembro de 2022.
Os advogados de Bolsonaro dizem que a campanha de Lula realizou um showmício com a programação, o que é proibido. Além disso, a acusação aponta uso indevido de recursos financeiros já que, segundo os advogados, os valores da live superaram R$ 1 milhão e esses gastos em uma data próxima da eleição causa “desequilíbrio do pleito” e “prejuízo à paridade de armas”. Segundo a defesa, tanto Lula quanto seu candidato a vice, Geraldo Alckmin, “se valeram do prestígio pessoal e artístico de renomadas personalidades, à moda de megalomaníaco showmício”, em um evento “infausto e nababesco”, marcado pela “busca frenética pelos votos dos mais jovens”.