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MP-TCU pede apuração sobre operação ‘arriscada’ de R$ 500 milhões barrada na Caixa

Dois gerentes da Caixa Asset perderam o cargo após rejeitarem compra da letra financeira do Banco Master

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Da Redação

 

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, apresentou nesta segunda-feira (15) uma representação solicitando que a Caixa Econômica Federal esclareça a aquisição de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas para os padrões do banco. Furtado busca investigar possíveis irregularidades nesse investimento, dados os riscos associados à compra. A informação é da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.

De acordo com um parecer confidencial de 19 páginas, a área de renda fixa da Caixa Asset, braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou veementemente a operação. A compra foi descrita como “atípica” e “arriscada” não apenas pelo valor elevado, mas também devido ao rating do Banco Master.

Dois gerentes que se opuseram à compra do lote de R$ 500 milhões em letras financeiras foram destituídos de seus cargos pela diretoria da Caixa Econômica Federal na última segunda-feira (8).

“Vejo com grande preocupação os indícios de irregularidades aqui trazidos. Considerando que prejuízos à CEF reverteriam ao erário federal, tendo em vista sua natureza sabidamente pública, entendo que operações da Caixa Asset, subsidiária integral da Caixa, merecem atuação diligente por parte desta Corte de Contas”, disse o subprocurador a O Globo.

Na representação enviada ao TCU, o subprocurador Lucas Rocha Furtado pede que o tribunal peça à Caixa a cópia dos “processos administrativos, pareceres e quaisquer outras análises” de técnicos da Caixa Econômica Federal e da Caixa Asset quanto à realização de investimento pela Caixa Asset no Banco Master.

“No caso ora em análise, entendo necessário que o TCU tenha acesso ao mencionado parecer da área técnica da CEF quanto à aquisição do investimento no Banco Master, para que sejam avaliados os critérios utilizados e os possíveis desdobramentos dessa possível aquisição.”

Nos bastidores da Caixa, a destituição dos gerentes foi interpretada como uma tentativa de retaliação e de eliminar as resistências internas ao negócio, já que o comitê de investimentos, a quem cabe dar aval a esse tipo de operação, deverá ser recomposto com os novos gerentes dessas áreas.

 

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