Era Dilma: Correios assumem dívida de R$ 7,6 bilhões
Os Correios firmaram um contrato de confissão de dívida em que se comprometem a transferir R$ 7,6 bilhões ao Postalis, fundo de pensão de seus funcionários, para cobrir metade do rombo do plano de aposentadoria que parou de aceitar novos participantes em 2008. Pela legislação, a conta deve ser dividida igualmente entre a empresa patrocinadora e os participantes. Ou seja, metade do valor total do déficit, de R$ 15 bilhões, será pago por funcionários, aposentados e pensionistas da estatal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no qual o documento se baseou, os investimentos realizados entre 2011 e 2016, durante o governo de Dilma Rousseff, resultaram em um prejuízo de R$ 4,7 bilhões. Corrigido pela inflação e pela meta atuarial da entidade, o valor corresponde a R$ 9,1 bilhões, o equivalente a 60% do rombo.
Agora, a empresa, que registrou déficit de R$ 800 milhões no primeiro trimestre e de quase R$ 600 milhões no ano passado, tem desembolsado R$ 33 milhões por mês, desde fevereiro, para socorrer o fundo de pensão. Já os participantes, além de perder parte dos benefícios, como o pecúlio por morte, sofreram descontos de 23%, no caso de aposentados e trabalhadores da ativa, e de 37%, no caso de pensionistas.