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Hospital de BH confirma caso de superfungo em paciente

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O Tempo

 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) confirmaram, neste sábado (28), um caso de infecção pelo superfungo Candida auris em um paciente que esteve internado no Hospital João XXIII, na região Leste de Belo Horizonte.

Conforme informou o governo de Minas, o paciente teve alta na última quinta-feira (26). O Estado, no entanto, não divulgou o sexo e idade da pessoa infectada. O caso foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Sanitária (Cievs) e situação segue sendo investigada e monitorada pelos órgãos competentes do município desde então.

Já o hospital João XXIII, seguindo os protocolos de segurança sanitária em ambiente hospitalar, tomou as medidas de controle e manejo necessárias para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade. As medidas incluem testes para detecção de novos casos e isolamento de casos suspeitos.

Em nota, a Fhemig esclarece que os casos são assintomáticos e o fungo se manifesta na pele dos pacientes infectados, sendo fundamental a prevenção de contato com casos suspeitos.

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte informou que foi notificada e acompanha o caso, que ainda está em investigação. “A Vigilância Sanitária do município já orientou ao hospital, que é de gestão da FHEMIG, que sejam adotadas imediatamente as medidas oportunas e recomendadas para o controle da situação”, garantiu.

Superfungo

Candida auris (C. auris) é um fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global e foi identificado pela primeira vez como causador de doenças em humanos em 2009, no Japão. No Brasil, a primeira infecção foi identificada em Salvador, em 2020.

O fungo apresenta resistência aos medicamentos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Estudos apontam que até 90% dos isolados de Candida auris são resistentes ao fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas, o que dificulta o tratamento.

Caso o fungo alcance o sangue, ele pode se espalhar para outros órgãos e causar candidíase invasiva, ou seja, uma infecção generalizada. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, a taxa de mortalidade da candidíase invasiva varia de 29% a 53%. A infecção pelo fungo pode ser fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades.

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