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A insatisfação mundial com as poucas mortes de judeus

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(Ricardo Kertzman, publicado no portal O Antagonista em 30 de setembro de 2024)

 

Retornou com vigor o discurso de que morrem poucos judeus, e é só por isso a generalizada posição contra Israel no mundo. Na prática, o que deixa incomodados os sedizentes defensores da paz não são as mortes palestinas e libanesas, mas o fato de o sistema de defesa israelense funcionar tão bem, ainda que ao custo de milhões de dólares mensais, que esfacela a economia do país e impede seu crescimento mais vigoroso, mas que salva vidas.

A desproporção entre os ataques terroristas – diuturnos e ininterruptos, há anos – e a reação judaica é sempre apontada com alarido, ao passo de que nenhum destes arautos lembra-se do horror que é viver sob… terror! Imaginem seus pais e avós idosos, e suas crianças e bebês vivendo sob sirenes e correrias desenfreadas para o bunker mais próximo. Imaginem viver sob constante ameaça de facadas e bombas. Ë mesmo correto se falar em desproporção?

Morressem dezenas de milhares de israelenses, principalmente judeus, talvez o mundo não se importasse tanto com as vítimas em Gaza e no Líbano. Para cada lembrança de um sequestrado sob poder do Hamas, assistimos a dezenas de acusações de falso genocídio. Para cada lamento pela barbárie de 7 de outubro, ouvimos a falácia de que Israel não quer dois estados. Quando se reconhece o direito judeu à defesa, há sempre um “mas” no meio do caminho.

Antissemitismo

Nenhum povo, em nenhum momento da história moderna, foi – e ainda é – alvo de tanto ódio e desejo de aniquilação. Se o Irã fosse uma potência nuclear como é Israel, alguém poderia afirmar, de forma honesta, que ainda existiriam cerca de seis milhões de judeus no Oriente Médio? Se os Estados Unidos não fossem aliados da única democracia da região, existiria o Estado de Israel? São perguntas meramente retóricas, claro, pois todos sabem a resposta.

Não há um único israelense, judeu ou não, ou mesmo qualquer ser humano dotado de um mínimo de empatia que assiste, feliz, à tragédia humanitária em curso na região. É triste demais e dói no fundo da alma o sofrimento de milhões de pessoas subjugadas pelo terrorismo patrocinado pelos aiatolás iranianos, que utilizam o sofrimento dos palestinos e libaneses para tentar eliminar, em nome de Alá, os judeus da face da Terra.

Há tão somente um culpado nessa história toda, e não é Israel – ainda que exceda, que erre e que tenha suas responsabilidades. Chama-se antissemitismo! Culpar o agredido, o perseguido e, no limite, a própria vítima por se defender, por tentar sobreviver, muito mais do que injusto e cruel, é se alinhar e endossar a máquina de morte criada e programada para destruir Israel e terminar, finalmente, o que Hitler um dia começou.

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