TJ autoriza que vereador acusado de liderar esquema no DAE retorne ao cargo
Da Redação
O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando de Almeida Perri, autorizou o vereador Pablo Pereira (União Brasil) a retornar ao trabalho na Câmara de Várzea Grande. Ele foi preso na Operação Gota d’água, deflagrada em setembro, por envolvimento em um esquema de fraudes no Departamento de Água e Esgoto (DAE), da cidade.
“Defiro o pedido formulado pela defesa do paciente Pablo Gustavo Moraes Pereira a fim determinar o imediato retorno ao exercício de seu mandato eletivo”, diz a decisão, proferida nesta sexta-feira (11).
O magistrado também determinou a retirada da tornozeleira eletrônica e manteve ao parlamentar a proibição de acesso às dependências do DAE, bem como manter contato com qualquer servidor lotado na autarquia municipal, seja pessoalmente, telefone ou através das redes sociais.
Pablo Pereira é acusado de usar a estrutura do DAE como forma de obter vantagem política, usando servidores em favor da sua campanha à reeleição. O grupo teria causado um prejuízo de R$ 11,3 milhões aos cofres públicos.
Os servidores cobravam para realizar serviços que eram responsabilidade do DAE oferecer aos cidadãos de Várzea Grande. Uma auditoria revelou, ainda, que os valores devidos por usuários dos serviços de saneamento eram reduzidos indevidamente ou até mesmo excluídos do sistema, mediante recebimento de dinheiro.
As investigações revelaram que Pablo Pereira exercia forte influência política dentro do DAE, apontando ainda que o vereador seria um dos líderes do grupo, juntamente com Alessandro Macaúbas Leite de Campos, diretor comercial da autarquia, que também foi preso na operação.