Meio bilhão de motivos, em dólares, para assassinar judeus
(Ricardo Kertzman, publicado no portal O Antagonista em 22 de outubro de 2024)
A descoberta anunciada por Israel, e desmentida pelos libaneses, de um bunker sob o hospital Al-Sahel em Beirute, contendo inacreditáveis meio bilhão de dólares em espécie e barras de ouro, supostamente utilizados pelo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, eliminado pelas Forças de Defesas de Israel em setembro último, para financiar ataques contra a população israelense – e mesmo, talvez, a boa vida de familiares na Europa, como já ocorrido diversas vezes antes – é mais um prova das motivações nada políticas, religiosas e ideológicas, alegadas pelos terroristas do Hamas e Hezbollah, financiados pela teocracia sanguinária dos aiatolás iranianos, para guerrear contra Israel.
A publicação da Forbes atribuiu a Yasser Arafat, homem forte da Organização Para a Libertação da Palestina (OLP), morto em 2004, uma fortuna avaliada, à época, em 300 milhões de dólares. Outras fontes, inclusive órgãos de inteligência de Israel, afirmavam que o valor seria muito maior, variando de um bilhão a três bilhões de dólares. Três dos principais dirigentes do Hamas, outros exemplos, detêm, segundo investigações israelenses recentes, cerca de 11 bilhões de dólares, incluindo o terrorista eliminado Ismail Haniyeh, e Khaled Mashal, que têm, aproximadamente, quatro bilhões de dólares cada um, e Moussa Abu Marzouk, com cerca de três bilhões de dólares em conta.
Gaza é um dos locais mais miseráveis do planeta. Seus quase dois milhões de habitantes vivem em situação de extrema pobreza, apesar dos auxílios bilionários que lhes são enviados anualmente por diversos governos e entidades mundo afora. Melhor sorte não assiste ao Líbano, devastado por guerras civis e confrontos com Israel a partir da tomada do estado pelo grupo terrorista Hezbollah, que dizimou parte da população cristã e promoveu uma verdadeira fuga de pessoas e de capital do país. Outrora conhecido como Pérola do Oriente, o país vive uma crise financeira sem precedentes desde 2019, agravada pela pandemia do coronavírus e pela explosão do porto de Beirute.
Alô, Brasília
O terror é uma indústria bilionária que movimenta governos, organizações criminosas diversas, incluindo fabricantes e traficantes de armas, e depende da guerra da propaganda, ou como se diz hoje em dia, das narrativas, para prosperar e “ganhar” a opinião pública – local ou mundial -, que acaba servindo como “inocente útil” na pressão política sobre governos, haja vista os movimentos em defesa, não dos palestinos, mas do Hamas, ocorridos recentemente em universidades americanas e mesmo aqui, no Brasil, através de membros de um “partido” político, o PCO – neste caso, não há nada de inocente útil, pois trata-se claramente de um agrupamento antissemita.
O presidente Lula, até o momento, e mesmo o Itamaraty não se manifestaram a respeito da eliminação do terrorista sanguinário Yahya Sinwar, “arquiteto” dos atentados bárbaros de 7 de outubro de 2023 – e também de dezenas de outros. Vejamos o que dirão, ou o que não dirão, sobre este mini Banco Central do Terror descoberto no Líbano. Intuo que se manterão em silêncio sepulcral, ao menos até que o próximo terrorista morra, ou cause mortes a partir do uso de civis inocentes como escudos humanos, pois daí virão a público condenar Israel e acusar os judeus de genocídio, que é o que mais tem feito a turma das esquerdas brasileiras há mais de um ano.