Gel à base de veneno de aranha promete resolver disfunção erétil
Da Redação
Um gel feito com veneno de aranha-armadeira promete resolver os problemas de disfunção erétil, além de rejuvenescer o corpo cavernoso. O medicamento é desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pode ficar pronto em 2026. A informação foi repassada pelo médico urologista Marcelo Salim em entrevista ao programa Rádio Vivo, da Itatiaia, nesta segunda-feira (4).
A pesquisa é feita há décadas e liderada pela professora Maria Elena de Lima, da UFMG, que percebeu que crianças atendidas após picadas da aranha-armadeira tinham ereção. Os pesquisadores conseguiram separar a molécula BZ371A e desenvolver um gel.
“Daí até chegar aqui, foram feitas inúmeras pesquisas. Foram feitos teste até na China. Estamos na fase 2, que testa homens, uns com placebo e outros com medicamento. Em janeiro, já se abre essa pesquisa e vamos constatar, se Deus quiser, que o remédio é eficiente. Na fase 3, você abre a pesquisa para um grande número de pessoas. Dando certo, e dará certo, será a primeira vez que o Brasil vai lançar um medicamento para o mundo”, disse Marcelo Salim.
O urologista explicou que a molécula provoca a vasodilatação e no aumento do fluxo sanguíneo, facilitando a ereção peniana. Ele destacou ainda que o medicamento é natural e ainda atua no rejuvenescimento do órgão.
“Ele é mais natural do que o Viagra. É um gel que será passado no pênis. Além de provocar a vasodilatação e a ereção, ele rejuvenesce o corpo cavernoso. Ele vai provocar a neovascularização e vai fazer o corpo cavernoso ficar mais novo. Isso é uma novidade no mundo. E não tem nenhuma contraindicação, o que é interessante”, destacou.
Os estudos comprovam ainda a possibilidade do gel feito à base do veneno da aranha ser usado em mulheres.
“Observou-se que, assim como ele promove essa vasodilatação nos homens, provoca também nas mulheres. Vão ser iniciadas pesquisas na mulher, para que ela use de forma tópica, portanto, gel passado na vagina e no clitóris. O que se espera é que tenha um resultado semelhante ao do homem. É uma novidade mundial”, finaliza Salim.