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Prefeita e ex-delator são alvos de operação que apura esquema de R$ 1,8 bilhão

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Da Redação

 

A Operação Gomorra, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) nesta quinta-feira (7), tem como alvos a prefeita de Barão de Melgaço, Margareth Gonçalves da Silva (União) e o ex-delator Edézio Correa.

Além de Edézio, também são investigados Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Janio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Desse grupo apenas Karoline Quatti não foi alvo de mandado de prisão.

As investigações realizadas até o momento demonstram que os proprietários de quatro empresas, que tem Edézio como sócio oculto, já firmaram contratos com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais. Os valores chegam a R$ 1,8 bilhão.

Edézio já havia sido denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso na Operação Sodoma, que apurou esquema de pagamento de propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa.

Diligências preliminares para apurar suposta adulteração de notas, utilização de “cartão coringa” como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço, no município de Barão de Melgaço, indicam a existência de uma organização criminosa constituída para saquear os cofres públicos em várias prefeituras e câmaras de vereadores de Mato Grosso.

Conforme o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com a empresa Centro América Frotas no período de 2020 até os dias atuais.

Foi verificado, durante a investigação, que as empresas Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda, que haviam participado dos certames, tinham como sócios pessoas do mesmo núcleo familiar do proprietário da empresa Centro América Frotas. Além disso, algumas delas sequer possuem atividade empresarial em funcionamento.

A análise dos contratos, segundo o Naco, também demonstrou diferenças exorbitantes de valores em contratações semelhantes. Em um dos casos, houve um aumento de mais de R$ 9 milhões em contratações realizadas nos anos de 2021 e 2022.

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