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Vereador, secretário e tesoureiro são presos por fraude em concurso público em MT

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Da Redação

 

A Polícia Civil deflagrou, nesta sexta-feira (20), a operação Aletheia, para cumprimento de 34 mandados judiciais de combate aos crimes de corrupção passiva e fraudes em licitação, relacionadas à realização de um concurso público na Câmara Municipal de Vereadores de General Carneiro (447 km de Cuiabá). O vereador e presidente da Casa Legislativa, Janderson Lauro Pereira Lacerda (PL), foi preso.

Além dele, o ex-tesoureiro da Câmara, Leonardo de Souza Neres, e o secretário de Saúde de General Carneiro, Wickytor Winnicius de Souza Vilela, foram presos sob suspeita de participação no esquema. As investigações apontam que os dois foram aprovados em cargos de destaque no concurso com indícios de fraude.

Foram cumpridos 34 mandados judiciais nos municípios de Barra do Garças, General Carneiro, Lambari do Oeste, Rio Branco, Cáceres e Cuiabá. Os locais alvos dos mandados judiciais são a residência dos investigados, na dependência da empresa investigada e na sede da Câmara Municipal de General Carneiro.

Segundo a Polícia Civil, estão sendo cumpridos 5 mandados de prisão preventiva, 5 mandados de busca e apreensão, 5 ordens de quebras de sigilo bancário, 5 de sequestros em contas bancárias, 5 de quebras de sigilo fiscal; 5 de quebras de sigilos telefônicos; além de outras medidas cautelares como suspensões de atividades de empresas, de atos de convocação, nomeações e posse de candidatos no concurso.

Irregularidades

As diligências iniciaram após denúncia encaminhada pela Polícia Federal de Barra do Garças, que indicava indícios de favorecimento no concurso público nº 01/2024 da Câmara de Vereados de General Carneiro.

O certame, conduzido por uma empresa contratada sem licitação, teria sido manipulado para beneficiar candidatos com vínculos pessoais e políticos com membros da casa legislativa municipal.

Segundo as investigações, a empresa responsável pela organização do concurso, exercia a atividade de engenharia civil, e não está relacionada à realização de concursos públicos, sendo contratada por dispensa de licitação pelo valor de R$ 32 mil.

Condutas

Os envolvidos realizaram encontros e reunião com os representantes da empresa contratada, para planejarem como seria feito para beneficiar servidores já empregados na câmara em troca de apoio político.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Pablo Borges Rigo, na ocasião a homologação do concurso gerou repercussão diante das supostas irregularidades, bem como foram identificados conflitos de interesse envolvendo a presidente da comissão do concurso e um dos candidatos aprovados, o que reforçou os indícios de fraude.

“As investigações apontaram que as empresas simularam uma concorrência na licitação do concurso público de General Carneiro, quando na verdade elas pertencem ao mesmo grupo econômico e criminoso que atuam com o mesmo modus operandi em outros municípios de Mato Grosso, causando prejuízos milionários ao erário”, destacou o delegado.

A Delegacia de Polícia de General Carneiro continua com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos.

O nome da operação “Aletheia” significa “verdade” em grego, simbolizando o desvendamento de fraudes e revelação da justiça.

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