Da Redação
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou que a “OEA é parte do problema”, ao criticar o cronograma das visitas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), a CIDH iniciou pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sua agenda de ‘inspeção’ sobre a liberdade de expressão no Brasil.
“Nós criticamos a agenda ter começado pelo STF. Um trabalho isento primeiro ouvir quem abusa para depois ouvir as vítimas não é adequado”, disse Van Hattem ao portal O Antagonista.
O parlamentar afirmou que, em novembro do ano passado, se reuniu com o advogado Pedro Vaca, relator da CIDH, mas que a visita ao Brasil é uma oportunidade para que outros parlamentares façam seus relatos e para que a atenção seja maior aos supostos casos de abuso de autoridade cometidos no Brasil.
Van Hattem reforçou que a visita ao Brasil também é resultado dos convites dos parlamentares de oposição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e não apenas uma iniciativa do governo.
O parlamentar gaúcho seguiu criticando a atuação da OEA. Para ele, a Comissão demora a responder sobre casos denunciados. “Eu trouxe os dois casos. Comecei dizendo que, para mim, a OEA é parte do problema. Os meus dois casos já estão diante da OEA e não me deram cautelar. Pedi medidas cautelares no caso da censura do X e o caso da perseguição judicial e policial que estou sofrendo”, acrescentou.
O encaminhamento da oposição após o encontro com membros da OEA foi o de enviar as provas para apreciação do órgão.
O encontro, ocorrido no início da tarde desta terça-feira (11), contou também com a presença dos deputados Delegado Ramagem (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO), Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), e dos senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES).