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A derrota dos patifes

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(Luís Ernesto Lacombe, publicado no jornal Gazeta do Povo em 09 de março de 2025)

 

Foi tudo muito bem planejado. Cada passo, ainda que trôpego, cambaleante. Foi tudo feito diabolicamente, desde o início. Não com minutas fajutas, apócrifas, sem nenhum valor. As artimanhas foram sendo implementadas desavergonhadamente, sempre com a desculpa de que a “democracia brasileira” corria sérios riscos. Contra fascistas e nazistas, vale tudo, essa sempre foi a “mensagem”. Eles tinham de ser identificados, calados, eliminados, esmigalhados. As leis que se danem. Foi um jogo macabro, de cartas marcadas, com um único resultado possível: o triunfo dos imorais, dos ilegais, dos tiranos mequetrefes, dos patifes.

Depois das denúncias esfareladas contra Jair Bolsonaro e meses antes de seu “julgamento”, já discutem em que lugar ele ficará preso. Sim, a prisão parece certa, e largá-lo num quartel do Exército não parece indicado. Imagina, Bolsonaro poderia ter contato com militares… “Bolsonaristas” poderiam acampar do lado de fora, “fazer arruaça”… O que ficou claro é que só a ocupação de um país inteiro por tiranos e só a arruaça que eles fazem invariavelmente podem ser aceitas. Já faz tempo que não há mais cadeia para os corruptos, para os abusadores, para os verdadeiros foras da lei. Eles estão sendo soltos, para dar lugar àqueles que o Brasil de fato deveria proteger e apoiar. Os criminosos reais agora querem respeito, posam de heróis para cúmplices igualmente sem coração e sem caráter, incautos e ignorantes.

Que país é este em que um condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro pode ocupar a cadeira de presidente da República? É o país que tem Edson Fachin, um militante de um grupo de invasores de terra, na Suprema Corte. Partiu dele o movimento espúrio para tirar Lula da cadeia, numa manobra desastrosa para um país que renascia. É o país que tem como ministro do STF alguém como Dias Toffoli, reprovado em dois concursos para juiz. Ele, o inventor do Inquérito do Fim do Mundo, o libertador-geral de corruptos da nação.

Que país é este que tem Luís Roberto Barroso no Supremo, alguém que agiu e age politicamente? Foi Barroso quem barrou no Congresso a melhoria tão necessária para o sistema eleitoral brasileiro: o voto impresso auditável e a contagem pública dos votos. Todos se mostravam a favor, mas deixaram de ser, pois era imperativo “derrotar o bolsonarismo”. Lula precisava ser o candidato contra Bolsonaro, e tinha de levar a eleição. Por isso, Alexandre de Moraes, também do STF e ocupando a presidência do TSE, promoveu o processo eleitoral mais infame da história. Foi uma campanha em que valia tudo contra o “fascista, nazista e genocida” Bolsonaro. A favor de Lula, “a viva alma mais honesta deste país”, tudo era permitido.

Caminhamos, assim, para o que poderia ser a mais aguda decisão inconstitucional, ilegal, antijurídica: a condenação de Jair Bolsonaro. Não há mais julgamentos para aqueles que são contra a aliança STF-PT. Suas sentenças estão prontinhas há muito tempo. Só que não há espaço para todos nas barras da tirania. E não há proteção possível para os bandidos travestidos de mocinhos. Eles jamais terão respaldo suficiente e protetor. Não são eles que atraem apoio, são suas vítimas, os perseguidos injustamente, são esses que conquistam empatia – talvez imediata, talvez tardia.

Sim, o plano não era perfeito. Há gente grande no mundo de olho no Brasil e há os brasileiros sofridos e massacrados, mas incansáveis. Eles não perdem a noção de que é preciso lutar sem parar pelo que é certo, por justiça, pela verdade. Eles estão prontos para a luta, e sempre foram maioria.

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