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Celular de Zampieri: sobrinho de governador do TO é preso pela PF por corrupção no STJ

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Da Redação

 

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (18), nova fase da Operação Sisamnes com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva. Conforme apuração, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento e venda de informações sensíveis controladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a PF, a ação atrapalhava as operações policiais realizadas após decisões do STJ.

Os policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, no Tocantins, além das medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.

Entre os alvos estão integrantes do Ministério Público do Tocantins (MPTO), incluindo o procurador Ricardo Vicente da Silva, que foi alvo de mandado de busca e apreensão. Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, advogado e assessor do procurador, foi preso preventivamente. Thiago é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não está sendo investigado na operação. As ações foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação é uma nova fase da Operação Sisamnes, que apura venda de sentenças no STJ. Em dezembro, a PF cumpriu a segunda fase da operação, com uma prisão em Mato Grosso. Na ocasião, a PF investigava lavagem de dinheiro decorrente do esquema de venda de decisões judiciais revelado na primeira fase da operação.

Conforme a PF, “foram detectadas sucessivas operações imobiliárias suspeitas promovidas pelos investigados, com aparente propósito de dissimular a origem ilícita do dinheiro utilizado para financiar a compra de imóveis residenciais e de veículos”.

As investigações apontam para a suspeita de esquema de venda de decisões judiciais envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.

Em novembro, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal. O preso foi Anderson de Oliveira Gonçalves, apontado como lobista do esquema.

Na decisão que autorizou a operação do dia 26, Zanin afirmou que há indícios de que o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves atuou em um “verdadeiro comércio de decisões judiciais” entre alguns servidores do STJ. De acordo com Zanin, ele teve uma “decisiva função no verdadeiro comércio de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça”.

Investigações baseadas na análise do celular de Zampieri já levaram ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e de cinco magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

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