Desde que Lula (PT) retornou à Presidência da República, os atores que quebraram o País durante os governos petistas estão saindo dos bastidores para voltar a atuar nos palcos da política. Após os acionistas da Vale rejeitarem o nome de Guido Mantega para presidir a companhia, o presidente Lula deu um jeitinho de indicar o ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff (PT) para o conselho fiscal da Eletrobras.
Em 2016, Mantega foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no processo das “pedaladas fiscais”, que resultaram também no impeachment da ex-presidente Dilma. Em 2023, a ação foi extinta pelo Tribunal Regional Federal.
Lula ainda nomeou três representantes para o conselho de administração da Eletrobras: Nelson Hubner, ex-diretor-geral da Aneel; Maurício Tolmasquim, diretor executivo de transição energética da Petrobras; e Silas Rondeau, ex-ministro de Minas e Energia. As indicações ainda precisam do aval de acionistas e serão pautadas na assembleia marcada para 29 de abril.
As indicações foram feitas após a Eletrobras assinar termo de conciliação sobre limitação do poder de voto de acionistas a 10%, que virou objeto de ação judicial em tramitação no STF. Pelo acordo, o governo federal ficou com direito a três dos dez integrantes do conselho de administração da companhia e a um dos cinco representantes do conselho fiscal.