Da Redação
O percentual de obras públicas paralisadas em Mato Grosso subiu de 29,7% para 35,7% nos últimos dois anos. Os dados constam do mais recente “Painel de Obras Paralisadas”, atualizado nesta semana pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Das 541 obras pagas com recursos da União, 193 estão paralisadas. O número representa R$ 1 bilhão, do universo de R$ 4,60 bilhões em obras contratadas.
A ferramenta do TCU reúne as informações mais recentes sobre a execução dos contratos custeados com recursos federais, apontam que o que ocorre em Mato Grosso reflete em todo país: o aumento de obras inacabadas.
No Brasil, 38,5% das obras públicas estão paralisadas. O percentual é o maior desde 2018, quando 37,5% dos contratos estavam parados. Dos mais de 22,5 mil contratos pagos com recursos da União, 8.674 são considerados interrompidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As obras suspensas somam R$ 27,2 bilhões.
No caso de Mato Grosso, as obras do novo Hospital Universitário Julio Muller, em Cuiabá é um dos casos de abandono da obra, ampliação da biblioteca da UFMT em Sinop, além de reformas de creches e escolas.
Assim como no país, o setor da Educação é o que tem a maior quantidade de obras paralisadas.
O “Painel de Obras Paralisadas” informa as principais causas das obras paralisadas. Com base em análise amostral realizadas em 2018, o mau planejamento dos empreendimentos é o principal fator de paralisação. O gerenciamento ineficiente dos contratos está geralmente relacionado a projeto básico deficiente; falta de contrapartida de estados e municípios; e falta de capacidade técnica para execução do empreendimento.
No caso específico da Educação Infantil, a ferramenta sugere como principais causas de paralisação os contratos rescindidos, o abandono da empresa e as irregularidades na gestão anterior. De acordo com o TCU, não foram realizados estudos sobre os impactos da pandemia de covid-19 nas obras em andamento.
(Com Agência Senado)