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“O bem vai vencer, perdemos batalhas, mas não a guerra”, diz Bolsonaro em último discurso

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Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro fez nesta sexta-feira (30), um pronunciamento transmitido ao vivo por suas redes sociais. Em seu último discurso como presidente da República, Bolsonaro afirmou que “o Brasil não vai acabar dia 1º de janeiro”. Segundo o presidente, nenhum chefe de Estado do Brasil enfrentou algo parecido no país, como a pandemia de covid-19 e a invasão russa à Ucrânia. “Todos sofreram. As mortes foram irrecuperáveis”, lamentou.

O chefe do Executivo repudiou atos terroristas, se referindo a um atentado de bomba no aeroporto de Brasília. “Nada justifica, aqui em Brasília, a tentativa de ato terrorista na região do aeroporto, nada justifica um elemento, que foi pego, graças a Deus, que não coaduna com nenhuma situação, mas classificam como bolsonarista”, disse o presidente.

Ele lembrou da a facada que recebeu em 2018, e criticou o fato de que qualquer pessoa que comete algum ato que seja considerado reprovável pela sociedade é chamado de “bolsonarista”. 

Se a facada tivesse sido fatal, como estaria o Brasil hoje em dia? A facada foi dada por um ex-filiado do Psol e a imprensa não bateu nisso. Se uma pessoa faz algo errado hoje dia é taxada de bolsonarista. Durante a campanha houve uma tragédia em Foz do Iguaçu e taxaram o homem de bolsonarista. Nada justifica o que ele fez. Assim como nada justifica esse ato terrorista que aconteceu aqui em Brasília no aeroporto”.

Durante o pronunciamento, Bolsonaro intercedeu em favor da democracia no Brasil. “Essa falta de liberdade que estamos vivendo não é de hoje e prejudica a democracia. Se isso continuar no futuro, vai pegar todo mundo. Sempre lutamos por democracia, liberdade, respeito as leis e a Constituição. Passei quatro anos mostrando a importância da liberdade para a democracia. O oxigênio da democracia é a liberdade em toda a sua plenitude”.

O presidente destacou que reconhece as manifestações que acontecem há mais de 55 dias em frente aos quartéis-generais.

“Isso despertou algo na cabeça das pessoas. Eles entenderam o que tem a perder. Começaram se preocupar com o voto responsável. Esse povo que foi para os quartéis foram pedir socorro, liberdade e respeito à Constituição. Há algo de errado nisso? Estão lutando até pelos que os oprimem”, disse bolsonaro, que ainda comparou o tratamento que a imprensa está dando aos manifestantes ao que os black blocs recebiam quando eram violentos. “Durante meus 28 anos em Brasília, vi manifestações violentas por parte da esquerda, com os black blocks e o MST. Mas isso nunca foi taxado como ato antidemocrático. Tudo o que é feito pela esquerda é bacana”.

Para Bolsonaro, “o Brasil não vai acabar em 1° de janeiro”. “O parlamento que vai tomar posse em fevereiro é mais conservador. Ainda temos uma massa de pessoas que passaram a entender sobre política. O bem vai vencer”, afirmou.

“Muito obrigado a todos vocês por me proporcionarem esses quatro anos a frente da Presidência da República”, agradeceu Bolsonaro ao final do discurso. “Fui compreendido por muitos e por outros não. Como foi difícil ficar dois meses calado, trabalhando e buscando alternativas. Até quieto sou atacado pela imprensa. Acredito em vocês, no Brasil e, principalmente, em Deus. Perdemos batalhas, mas não a guerra”, concluiu o presidente da República.

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