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Documento sobre alteração da eleição foi sugestão recebida e seria descartado, afirma Anderson Torres

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Da Redação

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson torres, usou as redes sociais nesta quinta-feira (12), para dar explicações sobre a proposta de decreto que foi encontrada em sua casa pela Polícia Federal. O fato foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo o jornal, o documento poderia instaurar um “Estado de Defesa” na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil”, escreveu Torres, no Twitter.

O texto foi encontrado no armário de Torres, durante busca e apreensão realizada na terça-feira (10). A operação ocorreu por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou a prisão do ex-secretário.

O decreto deveria apurar o abuso de poder, a suspeição e as medidas ilegais adotadas pela presidência do TSE antes, durante e depois do pleito. De acordo com Torres, o documento estava em uma pilha para ser descartado.

“Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no Ministério da Justiça e Segurança Pública. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim”, afirmou o ex-ministro. “Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como ministro”.

O advogado de Anderson Torres, Rodrigo Roca, disse que a proposta de decreto não foi escrita pelo ex-ministro, e que a perícia vai comprovar que não foi ele quem elaborou o documento. “Não é de autoria dele. Todos os dias tinha alguém que procurava ele propondo golpe e Estado de Sítio. Isso nunca foi levado ao presidente Jair Bolsonaro. A maior prova é que isso foi encontrado na casa do Torres”, disse o advogado, durante entrevista ao portal UOL.

 

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