Defesa de Bolsonaro diz ao TSE que minuta achada na casa de Torres é apócrifa e deve ser desconsiderada
Da Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em petição encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (19), que a minuta apreendida na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, é “apócrifa” e não foi encontrada com ele. “Pode muito bem ter sido deixado numa pilha de papéis indistintos e impertinentes destinados ao descarte ou à destruição na residência privada do ex-ministro”.
“Num primeiro momento, é necessário consignar que o documento apócrifo, juntado aos autos, não foi encontrado em posse dos Investigados, nem assinado por eles, e a peça de juntada tampouco indica quaisquer atos concretos ou ao menos indiciários de que tenham participado de sua redação ou agido para que as providências supostamente pretendidas pelo documento fossem materializadas no plano da realidade fenomênica”, afirma a defesa de Bolsonaro.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves estipulou prazo de três dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestasse a respeito da minuta de decreto encontrada na casa de Anderson Torres. O magistrado também incluiu o documento entre os elementos de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que tem Bolsonaro como alvo e trata de possível abuso de poder político na campanha eleitoral. A decisão de Gonçalves atende a pedido do Partido Democrático Trabalhista (PDT).