Da Redação
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) caiu 2,1 pontos em janeiro, para 88,6 pontos, o menor nível desde março de 2021, durante a pandemia, quando o índice chegou a 85,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o recuo foi de 3,2 pontos.
A queda da confiança empresarial em janeiro reflete a continuidade da tendência de desaceleração da atividade econômica iniciada no quarto trimestre de 2022 e as expectativas pouco otimistas para a evolução da economia no curto prazo.
“A piora do ambiente de negócios ocorre de forma disseminada entre os setores, mas é percebida de forma mais acentuada nos segmentos do Comércio e de Serviços”, informou o instituto.
A queda da confiança empresarial em janeiro foi determinada principalmente pela piora das avaliações sobre a situação corrente dos negócios. O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou 4,3 pontos, para 90,9 pontos enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 1,9 ponto, para 86,0 pontos, o menor nível desde março de 2021, quando índice chegou a 85,2 pontos.
Em janeiro, a confiança recuou em todos os setores que integram o ICE. As maiores quedas ocorreram no Comércio e em Serviços, seguidos da Construção. A confiança da Indústria ficou relativamente estável.
A pesquisa avaliou que, no curto prazo, não há perspectiva de mudanças. “Em relação ao futuro, as expectativas continuam piorando no horizonte de três meses, mas deram sinais de melhora nas previsões para os seis meses seguintes”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de estatísticas do relatório.