CNN
A organização Human Rights Watch (HRW) expressou preocupação com o possível desaparecimento forçado do preso político Andrey Pivovarov, ex-diretor da organização não-governamental Open Russia, apelando à libertação incondicional do ativista.
“As autoridades russas recusaram-se, ao longo de um mês, a fornecer informações sobre a localização de um preso político, Andrey Pivovarov, levantando preocupações de que tenha desaparecido à força”, lê-se num comunicado da HRW.
De acordo com a nota, a família e o advogado de Pivovarov tiveram notícias do ativista pela última vez no dia 18 de janeiro, quando foram notificados por carta de que este seria “transferido de uma prisão em São Petersburgo para uma colónia penal”.
“Desde então, não tiveram mais contato com ele e as autoridades não responderam aos pedidos de informação”, disse o comunicado.
“As autoridades devem anular imediatamente a prisão por motivos políticos e libertar incondicionalmente Pivovarov”, apelou a organização de defesa dos direitos humanos.
Pivovarov, de 41 anos, foi diretor executivo do movimento cívico pró-democracia Open Russia, tendo sido condenado a quatro anos de prisão, em julho de 2022, por dirigir uma “organização indesejável”.
“Depois de o prender sob acusações infundadas, as autoridades russas violaram ainda mais os direitos de Andrey Pivovarov ao fazê-lo desaparecer à força”, disse Damelya Aitkhozhina, investigadora da HRW para a Europa e a Ásia Central.
Ainda de acordo com a organização, o advogado e a família de Pivovarov apresentaram várias denúncias formais. No entanto, “a lei russa não obriga as autoridades a informarem sobre o bem-estar ou o paradeiro dos detidos durante uma transferência”, sendo que “não há limites de tempo para as transferências”.