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CGU de Lula acaba com setor de combate à corrupção

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Da Redação

 

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diluiu o setor da CGU (Controladoria-Geral da União) relacionado ao combate à corrupção. Sob o comando do ministro Vinícius de Carvalho, a Secretaria de Combate à Corrupção foi extinta e a Diretoria de Operações Especiais foi rebaixada a uma coordenação localizada dentro do gabinete de outra estrutura na pasta.

O setor de operações especiais, que integrava a extinta secretaria, promove investigações de combate a desvios e mau uso de recursos públicos.

Oficialmente, a CGU tem dito que, mesmo com a mudança, a função de combate à corrupção “permeia todo o trabalho da Controladoria-Geral da União”. No entanto, servidores ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, apontam que, na prática, o tema foi colocado em segundo plano.

Eles afirmam que, tanto nos estados como em Brasília, houve a substituição em postos-chave de pessoas especializadas na área de combate à corrupção por servidores relacionados a prevenção e transparência.

A CGU é o órgão responsável pelo controle interno do governo federal. Tem como funções a atuação na defesa do patrimônio público, na prevenção e combate à corrupção e no incremento da transparência de gestão.

Parte das atribuições da Secretaria de Combate à Corrupção foi deslocada para a recém-criada Secretaria de Integridade Privada, que incentiva boas práticas no setor privado para prevenir irregularidades.

Os acordos de leniência de empresas e os processos que pretendem responsabilizar companhias por atos lesivos contra a administração pública também ficam a cargo dessa secretaria.

A respeito dessa área de atuação da CGU, Vinícius de Carvalho já fez críticas às elevadas multas aplicadas a empresas em acordos de leniência previstas na Lei Anticorrupção.

Outra parte do antigo setor de combate à corrupção foi deslocada para a Secretaria Federal de Controle Interno, que é responsável pelas auditorias. É num gabinete dentro dela que foi lotada a área de operações especiais. Até o momento, não foi nomeado um coordenador titular, e o posto está sendo ocupado por um substituto.

As operações especiais, que a CGU costuma fazer em parceria com órgãos como a Polícia Federal e o Ministério Público, têm o objetivo de combater irregularidades e má aplicação de recursos públicos.

 

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