Da Redação
Os vereadores Eleus Amorim (Cidadania) e Luis Claudio (PP) apresentaram, nesta quinta-feira (4), um requerimento para abertura de processo ético que pode levar à cassação do mandato da vereadora Edna Sampaio (PT). A petista é acusada de ter feito um suposto esquema de “rachadinha” em seu gabinete na Câmara de Cuiabá.
Segundo Eleus, que é suplente de Maysa Leão (Republicanos), “as informações veiculadas na imprensa são graves e devem ser apuradas, porque por muito menos, vereadores já foram cassados”.
“Eu sairei hoje, encerrarei o meu expediente, mas caberá aos demais vereadores o dever de responder à sociedade”, disse o vereador.
Documentos apontam que Edna recebeu pelo menos R$ 20 mil de Verba Indenizatória (VI) em transferências feitas no ano passado por sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira. A servidora foi exonerada no final do ano passado mesmo estando gestante e acabou sendo indenizada em R$ 70 mil. Ela ganhava R$ 7 mil de salário e mais R$ 5 mil de VI.
“O foro adequado para que seja esclarecido de fato, o que aconteceu entre a chefe de gabinete e a vereadora é a Comissão de Ética. Nós fomos eleitos pela população e aqui o julgamento tem que ser feito após o amplo direito de defesa da vereadora. Os fatos apresentados são graves e o julgamento final disso e em plenário, porque a república brasileira e o nosso regime democrático assim determina”, afirmou o vereador Luis Claudio.
A vereadora Edna Sampaio negou que tenha feito rachadinha. Durante discurso na sessão plenária, ela afirmou que não teme ser alvo de uma possível cassação e que está sendo vítima de violência política de gênero.
“Publicação mentirosa, porque não existe rachadinha, pois não se trata de salário, se trata de verba indenizatória” disse a parlamentar. “Nós temos uma prática do nosso mandato de separar o recurso do mandato do recurso pessoal. Esse recurso está planilhado e prestamos contas sobre eles, porque nosso mandato é coletivo”, disse a petista.
“Não estava dividindo o salário de ninguém. O salário da servidora foi pago integralmente. É mais um factoide envolvendo o nome da vereadora Edna Sampaio”, afirmou.