Da Redação
Assentado da reforma agrária e principal voz na luta contra invasão de terras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) deve ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Movimento Sem Terra (MST), que ocorre na Câmara dos Deputados.
O requerimento de convite para que Cattani seja ouvido foi protocolado pelo membro titular da CPI, deputado federal Capitão Alden (PL-BA), durante reunião da comissão realizada no dia 30 de maio.
“O deputado estadual Gilberto Cattani, assentado no Pontal do Marape, localizado na zona rural de Nova Mutum, é amplamente reconhecido como um profundo conhecedor da questão fundiária. Sua experiência como assentado e seu engajamento no tema o tornam uma voz relevante para os trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito”, diz o pedido feito pelo parlamentar baiano.
A solicitação, que ainda será votada pelos membros da comissão, também cita que o livro “A Socialização da Reforma Agrária e a Distribuição da Miséria”, publicado por Cattani em 2020, é uma obra que pode enriquecer o trabalho da CPI.
Morador do Assentamento Pontal do Marape há mais de duas décadas, Cattani é um dos maiores críticos de movimentos como o próprio MST e FNL (Frente Nacional de Luta) em Mato Grosso.
Defensor do modelo de reforma agrária aplicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em que os assentados receberam títulos de propriedade, Cattani avalia que os governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e de Dilma Rousseff (PT) transformaram os assentamentos do país em favelas rurais.