A expedição era ambiciosa: levar turistas para visitar os destroços do Titanic a 3,8 mil metros de profundidade no Oceano Atlântico. O meio de transporte escolhido, entretanto, ganhou destaque no mundo quando desapareceu com turistas a bordo e fez a viagem virar uma corrida contra o tempo para encontrá-los.
Chamado Titan, o submarino tem 6,5 metros de comprimento por 3 metros de largura e pode levar até cinco pessoas. Como o modelo não é autônomo, igual um submarino de grande porte, ele precisou ser carregado na superfície do mar por 643 km até a região de mergulho.
Mas o mais surpreendente é que o Titan é guiado por um joystick que se parece muito com um controle de videogame.
Já dentro da cápsula principal do Titan, as cinco pessoas podem ter uma visão de quase 180.º para o lado de fora, e três monitores vão checando a classificação do equipamento e dos tripulantes.
Pesando mais de 10 toneladas e feito de fibra de carbono e titânio, o veículo se move a uma velocidade de 3 nós (5,5 km/h) e é impulsionado por quatro propulsores Innerspace 1002.
Em 2022, o jornalista da CBS David Pogue fez uma reportagem sobre a expedição. Em entrevista exibida no Jornal Nacional exibida nesta segunda-feira (19), ele disse que só desceu cerca de 10 metros, porque houve problemas técnicos e qualquer uma ficária horrorizada de como tudo parecia amador.
Ainda conforme o relato de Pogue, o submarino não tinha GPS nem cabo que o ligasse até a superfície, mas que o fabricante garantiu que a cápsula era segura, blindada, feita pela Nasa.
A empresa não deixou claro quanto tempo a embarcação poderia ficar pairando sobre o que restou do Titanic, mas sabe-se é que a quantidade de oxigênio utilizada para a viagem é segura o suficiente para 5 pessoas viajarem por até quatro dias.
Entenda o caso
No domingo (18), o submarino começou a descer ao fundo do mar, mas desapareceu pouco depois. O trajeto até o fundo do mar deveria levar duas horas, mas a embarcação parou de se comunicar depois de uma hora e 45 minutos de descida.
A Expedição Titanic é uma viagem oferecida pela empresa OceanGate. O passeio para ver os destroços do Titanic custa US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) por pessoa.
Desde então, a operação de busca está sendo feita em conjunto pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos e do Canadá. Nesta terça-feira (20), as equipes anunciaram que vão ampliar a área de procura.
John Maugerda, contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, disse em entrevista que será preciso buscar em uma profundidade ainda maior que a da área atualmente buscada pelas sondas.
Além das sondas, os EUA e o Canadá enviaram aviões e navios para a região onde o submarino desapareceu.
Desde então, a operação de busca está sendo feita em conjunto pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos e do Canadá. Nesta terça-feira (20), as equipes anunciaram que vão ampliar a área de procura.
John Maugerda, contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, disse em entrevista que será preciso buscar em uma profundidade ainda maior que a da área atualmente buscada pelas sondas.
Além das sondas, os EUA e o Canadá enviaram aviões e navios para a região onde o submarino desapareceu.