Da Redação
A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro (PL) no âmbito do inquérito que investiga uma suposta tentativa de venda ilegal de presentes dados por delegações estrangeiras ao governo no período em que Bolsonaro era presidente.
A PF também pretende ouvir o ex-chefe do Executivo novamente. Nesta sexta-feira (11), foi deflagrada a Operação Lucas 12:2. Os mandados são cumpridos após autorização dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no inquérito sobre a suposta milícia digital.
Moraes disse ter encontrado “fortes indícios de desvio de bens de alto valor patrimonial” no comportamento de militares, que teriam vendido os presentes da Presidência. E foi por esta razão que o magistrado autorizou a Operação Lucas 12:2. O versículo bíblico diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”, em uma possível provocação ao ex-presidente, que durante seu mandato dizia, reiteradas vezes, o versículo João 8:32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Pelas regras, os presentes dados à Presidência da República deveriam ser incorporados ao patrimônio do Estado, e não de uma pessoa.
O objetivo da PF com a quebra de sigilo é saber se o dinheiro da vendas das joias chegou até Bolsonaro, e se o dinheiro para a recompra das joias saiu do ex-presidente.