“Vivemos tempos estranhos”, disse um dos delegados da Operação Lava Jato à revista Crusoé, na edição mais recente da revista. A reportagem destaca o clima de apreensão na Polícia Federal pela percepção de que delegados que atuaram na Lava Jato podem sofrer retaliação.
“O tipo de relacionamento que Lula e seu governo pretendem estabelecer com a PF ainda suscita interrogações. Depois de desautorizar o Diretor Geral Andrei Passos no episódio que envolveu Sérgio Busato, como relatado acima, o presidente o convidou, recentemente, para viajar com ele. Enquanto isso, Flávio Dino tem deixado vazar informações sobre inquéritos em andamento, como registrou o jornal Folha de S. Paulo nesta semana. No final de junho, Dino disse que em breve haveria ‘novidades’ em relação ao caso Marielle Franco. Semanas depois, a PF prendeu um dos suspeitos de ter envolvimento direto no assassinato da ex-vereadora”, diz trecho da reportagem.
“A prova de que o clima na PF é de apreensão vem de uma nota pública divulgada pela Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) em defesa da autonomia funcional e investigativa da categoria, reforçando que a atuação da PF é embasada nas leis e na Constituição.”