Da Redação
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, autorizou na manhã desta quinta-feira (17), o Consórcio CS Mobi Cuiabá, do grupo Simpar, a iniciar o processo das obras de revitalização do Centro Histórico de Cuiabá. A Parceria Público-Privada (PPP), de cerca de R$120 milhões, tem como objetivo promover a revitalização e ressignificar o uso social dos espaços para renovar o potencial econômico da região.
A ordem de serviço conta com quatro frentes: a construção e operação do novo Mercado Municipal Miguel Sutil; requalificação das vias locais e pedestralização do centro urbano (criação de espaços adequados aos pedestres); modernização do mobiliário urbano, como bancos públicos, pontos de ônibus, suportes para bicicletas e relógios com conectividade; e novos espaços de estacionamento (Smart parking).
“Esse é o início de todo o processo de transformação que deixará um legado significativo para as futuras gerações de nossa capital, valorizando nosso centro histórico. O cronograma de entrega previsto para dezembro do próximo ano. Esta será a última grande obra entregue pela administração Emanuel Pinheiro, após oito anos de transformações em nossa cidade”, garantiu Emanuel.
“Esta é uma tarefa que carrega consigo um profundo vínculo com nossa história, nosso tempo e nosso povo. Demorei quase um ano para localizar toda a documentação relacionada a esta área. Imaginem o esforço envolvido. Foi com a colaboração do ex-prefeito Roberto França que descobri que essa área pertence à Câmara Municipal de Cuiabá desde 1930. A aprovação e o registro cartorial foram conquistas resultantes de um esforço significativo e dedicado de quem ama Cuiabá e está comprometido em proporcionar o melhor para nossa cidade. Muitos prefeitos antes de mim deixaram uma marca feia e deteriorada no coração do centro histórico de Cuiabá. Mas agora, tudo está mudando”, disse o prefeito.
O viés sustentável do projeto se dará pela irrigação da fachada verde sendo realizada com água de reuso do edifício, contribuindo dessa forma para o consumo consciente. O design visual da obra está na associação do verde e vegetação à um ambiente agradável e confortável, criando um mini ecossistema formado por um monumento de vegetação natural que contribuirá também para a redução da temperatura local.
No total, serão quatro pavimentos, com 180 lojas, uma ampla praça de alimentação com quiosques e restaurantes, e ambiente climatizado para oferecer mais conforto para a população cuiabana.
No local vai funcionar um estacionamento rotativo, com cerca de 500 vagas, para carros e motos, que são reversíveis e poderão atender também a eventos e serviços. Além de um sistema automatizado com sensores para identificar a disponibilidade de vagas, compra e recarga de créditos.
“Para a valorização desta área central serão implantados equipamentos urbanos que vão oferecer conforto e conectividade aos usuários, a fim de atrair mais visitantes para o comércio e os serviços locais, além de estimular a economia. O novo espaço tem potencial para receber cerca de 100 mil frequentadores por mês”, afirmou Guilherme de Figueiredo Dias, diretor executivo da CS Infra, uma das empresas responsáveis pelo Consórcio CS Mobi Cuiabá
Desenvolvendo o conceito de Cidade Inteligente (Smart City)
Com uma abordagem inovadora e sustentável de planejamento urbano que integra tecnologias da informação e comunicação para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, o projeto contará com a análise de dados para identificar problemas urbanos e promover a eficiência de serviços e uso inteligente de recursos.
Diante deste cenário, está previsto nas praças Alencastro e Rachid Jaudy, arredores do novo Mercado Miguel Sutil, a implantação de abrigos de ônibus com sistema de mobilidade inteligente, totens eletrônicos, estação de aparelhos de ginástica, bancos com repetidor Wi-Fi, entre outros equipamentos urbanos como que vão transformar a mobilidade da cidade e promover mais informações e segurança aos usuários do transporte público e frequentadores.
As ruas contarão com relógios em displays digitais com dados como hora e temperatura. Haverá ainda a instalação de repetidores de Wi-Fi em bancos públicos de concreto e madeira em locais específicos, com acesso livre à Internet. Os mobiliários urbanos terão espaço para a construção de suportes com ponto de recarga e parada para bicicletas e veículos, que podem ser conectados a um sistema online.