Da Redação
O novo relatório apresentado pela Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, nesta sexta-feira (6), pede a cassação do mandato da vereadora Edna Sampaio (PT) por se apropriar da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. Segundo o relator do processo, vereador Kássio Coelho (Patriota), ficou comprovado que Edna cometeu crime. Os vereadores Kero Kero e Rodrigo de Arruda e Sá, presidente da Comissão, acompanharam o voto do relator. O relatório, agora, será encaminhado ao chefe do Legislativo, vereador Chico 2000.
A Comissão, que tem até o dia 17 de outubro para finalizar os trabalhos, já havia emitido um relatório no dia 17 de agosto pedindo a cassação de Edna Sampaio. Durante a oitiva, a própria Edna disse que todas as suas quatro chefes de gabinete foram orientadas a devolver a verba indenizatória que recebiam em sua conta bancária pessoal. A petista, porém, conseguiu na Justiça uma ordem liminar determinando que a Comissão realizasse a oitiva de mais quatro testemunhas.
De acordo com a Comissão, Edna não qualificou as testemunhas, o que dificultou a localização dos depoentes. Das quatro testemunhas arroladas pela vereadora, apenas o servidor da Secretaria de Finanças da Câmara, Fábio Barros, prestou depoimento.
“Por ausência de provas que a vereadora não colocou dentro do processo. Foram dados 35 dias praticamente pra ela se defender, foram 10 sessões que a Comissão deu pra ela. Depois deu mais a oportunidade de escutar testemunhas, e logo depois então demos mais cinco dias pra ela se defender, o que se encerrou hoje, e em nenhum momento ela apresentou defesa dentro do processo”, disse Rodrigo de Arruda e Sá.
O escândalo de “rachadinha” envolvendo Edna Sampaio veio à tona em maio. Uma reportagem do RD News revelou prints de conversas por WhatsApp, mensagens em áudio e comprovantes de transferências bancárias que detalhavam o esquema da petista.
O marido da vereadora, Willian Sampaio, ex-superintendente do Incra-MT e ex-presidente regional do PT, atuava como cobrador. Em um dos áudios, Willian cobrava a então chefe de gabinete, Laura Abreu, para que fizesse a transferência do dinheiro para a vereadora.