Um homem de 31 anos, conhecido como ‘Frank’, está utilizando as redes sociais para afirmar que já foi membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e está produzindo vídeos no Tik Tok com o intuito de mostrar o funcionamento interno da facção. Nesta segunda-feira (16), um de seus vídeos viralizou nas redes sociais.
No vídeo, o ex-membro começou explicando as rígidas regras para deixar a facção. Ele afirmou que a saída só é permitida em casos de problemas de saúde ou para ir à igreja. Qualquer desvio dessas regras resultaria em punições severas. Ele também destacou que sua própria saúde não justificaria sua saída.
“Apenas é possível sair se for batizado. Caso contrário, a saída só é permitida em caso de problemas de saúde que impeçam a realização das funções na organização. Eu não tenho esse tipo de problema de saúde. Dependendo da função que você exerce, pode sair para ir à igreja, mas qualquer desvio será punido. Se sair para ir à igreja e usar drogas, haverá consequências”, relatou o ex-integrante.
Alegando ter ocupado diversas posições dentro da facção, o ex-membro explicou que isso complicou ainda mais seu desejo de se desligar do grupo.
“Por que quero sair agora, agora que sei tudo o que sei, já desempenhei várias funções, como disciplina, geral da rua, geral do sistema, apoio do resumo, entre outras. Agora que estou na ‘lista negra’, que é relacionada à sintonia, quero sair, mas isso é complicado, pois disciplina e sintonia são setores diferentes dentro da organização”, esclareceu.
Ele também mencionou a suposta traição que o grupo alega que ele cometeu ao deixar o comando sem autorização.
“Me acusaram de traição, acrescentando o item de traição. Se traí a organização, não traí ninguém. Talvez esteja traindo agora ao falar a verdade, mas já estou destinado à morte de qualquer maneira, então vou contar a verdade e deixar que outros saibam”, disse o ex-integrante.
No final do vídeo, ele fez um apelo para que suas palavras fossem compartilhadas, visando aumentar a conscientização sobre a realidade por trás dessas organizações criminosas, que têm conexões surpreendentes com o sistema político.