Da Redação
O ex-governador Silval Barbosa foi condenado pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá a cumprir sete anos, nove meses e 10 dias de prisão na ação penal oriunda da Operação Sodoma III, que apurou a compra irregular de um imóvel onde hoje é o bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, no qual o Estado pagou R$ 31,7 milhões pela desapropriação. No entanto, R$ 15,8 milhões foram revertidos em benefício do grupo.
A sentença foi dada no dia 6 deste mês pela juíza Ana Cristina da Silva Mendes. A magistrada entendeu que a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso foi comprovada na fase de produção de provas, a partir da análise de laudos técnicos e depoimentos testemunhais.
Inicialmente, a pena aplicada foi de 23 anos e 4 meses. Porém, como firmou delação premiada com a Justiça, auxiliando a desvendar o caso, a pena caiu consideravelmente.
Além dele, foram condenados os ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel de Cursi e Arnaldo Alves de Souza Neto, o procurador do Estado aposentado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Silvio Cezar Corrêa Araújo, João Justino Paes de Barros, Alan Ayoub Malouf, Levi Machado de Oliveira e Antônio Rodrigues de Carvalho.
Destes, foram condenados ao cumprimento da pena em regime fechado Marcel de Cursi (14 anos e 1 mês), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (16 anos, 5 meses e 25 dias) e Arnaldo Alves de Souza Neto (10 anos, 2 meses e 10 dias).
O empresário Valdir Piran foi absolvido no esquema.
De Cursi ainda teve decretada a perda da função pública de fiscal de tributos do Estado. O advogado Levi Machado de Oliveira cumprirá em regime semiaberto. Já os demais deverão cumprir em regime diferenciado por conta de suas respectivas colaborações premiadas.