Da Redação
A decisão publicada nesta quinta-feira (7) pela juíza de Direito da 1ª Vara Cível de Falências e Recuperação Judicial de Cuiabá, Anglizey Solivan de Oliveira, coloca fim ao processo de falência da Olvepar, que se arrasta desde 2000.
Com uma dívida total avaliada hoje em torno de 800 milhões de reais e cerca de 400 milhões de reais em ativos tangíveis e intangíveis, o processo resultou na criação de uma nova sociedade para administrar e operar a massa falida da Olvepar.
Os credores têm agora algumas opções para receber o dinheiro a que têm direito. Basicamente, podem se tornar acionistas da sucessora da Olvepar ou pedir para a nova sociedade assumir suas pendências e pagá-las de acordo com um cronograma pré-definido.
Segundo um levantamento feito no ano passado pela Associação Brasileira de Jurimetria em parceira com o Núcleo de Estudos de Processos de Insolvência da PUC-SP, os imóveis de uma massa falida são vendidos, em média, por 41,7% do valor avaliado e os direitos imateriais, por menos de 5% do valor avaliado.
Na falência da Olvepar, esses imóveis e direitos foram recebidos pelos credores por 100% do valor da avaliação, proporcionando uma maior “sobra” de recursos para os credores que estão no final da fila de recebimento, os chamados quirografários.
Se tivesse havido uma liquidação ordinária, seria provável que os credores quirografários não recebessem nenhum valor.