Da Redação
A joalheria HStern está sendo investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU) por suposta ligação com o pagamento de propinas na Saúde do Amazonas. A empresa é suspeita de ter violado a Lei Anticorrupção ao ter vendido joias sem registros oficiais, como parte do esquema de desvio de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) no governo do estado. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles.
A HStern tornou-se alvo de um processo administrativo de responsabilização, conforme publicado no Diário Oficial da União. Esse tipo de processo investiga condutas de empresas por atos lesivos à administração pública. Agora, a companhia tem um prazo para apresentar sua defesa.
Segundo o Metrópoles, a nova frente de apuração é um desdobramento de duas operações da CGU e da Polícia Federal no Amazonas, deflagradas até 2018: Maus Caminhos e Cashback. A primeira incluiu a prisão do ex-governador do estado José Melo, do Pros. Segundo os investigadores, havia um esquema de desvio de dinheiro federal do SUS no Amazonas por meio do Instituto Novos Caminhos (INC), uma organização social.
Ainda de acordo com os órgãos de investigação, uma das formas de pagar propina era por meio da compra de joias da filial da HStern em Manaus. Para supostamente facilitar o crime, o gerente da loja permitia que a venda acontecesse sem registros oficiais.
Se concluir que a joalheria descumpriu a Lei Anticorrupção, uma comissão da CGU recomendará que a HStern pague uma multa de 0,1% a 20% de seu faturamento anual. A decisão final será do ministro da pasta, Vinicius Carvalho.
Em nota, a HStern afirmou que “desconhece qualquer procedimento administrativo no âmbito da CGU e que por obrigações de governança apurará a informação”.