A Transparência Internacional rebateu nesta quinta-feira (1º), as críticas de integrantes do governo Lula ao ranking de corrupção produzido pela ONG. O levantamento da TI mostra que o Brasil perdeu 2 pontos no IPC (Índice de Percepção da Corrupção) de 2023 e caiu 10 posições no ranking global. O país registrou 36 pontos no levantamento e ficou na 104ª posição entre os 180 listados.
Na postagem, a ONG faz menção indireta ao discurso do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Roberto Barroso, durante a abertura do Ano Judiciário. Na ocasião, o magistrado disse que as instituições funcionam “na mais plena normalidade”.
“As instituições estão funcionando. Estão funcionando como sempre funcionaram. A grande questão é para quem estão funcionando. Para quem sempre funcionaram”. “A corrupção não é uma disfunção do Estado brasileiro, ela é perfeitamente funcional para os propósitos a que ele serve: concentrar riquezas e direitos”, escreveu a Transparência Internacional em seu perfil no X, antigo Twitter.
A declaração de Barroso foi dada após a ONG criticar a escolha do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ignorando a lista tríplice votada pela categoria, e também a nomeação do advogado pessoal de Lula, Cristiano Zanin, para a primeira vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Sobre Zanin, a ONG afirma que a escolha “foi na direção contrária da restauração da imagem de imparcialidade do principal tribunal brasileiro, atraindo vastas críticas que repercutiram inclusive internacionalmente”.