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O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou, nesta segunda-feira (25) uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato da guerra na Faixa de Gaza durante o mês do Ramadã (de 10 de março a 9 de abril), a libertação imediata e incondicional de reféns e “a necessidade urgente de expandir o fluxo” de ajuda para o território palestino.
Dos 15 integrantes do conselho, 14 votaram a favor da proposta de resolução. Os Estados Unidos se abstiveram.
É a primeira vez que uma resolução desse tipo é aprovada pelo Conselho de Segurança desde o início da guerra em Gaza, no dia 7 de outubro do ano passado.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu no X que a tão esperada resolução deve ser implementada. Segundo ele, o fracasso do conselho em fazê-lo “seria imperdoável”.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou uma nota sobre a aprovação inédita, em que critica os Estados Unidos.
“Os Estados Unidos abandonaram hoje a sua política na ONU. Há poucos dias, apoiou uma resolução do Conselho de Segurança que associava um apelo ao cessar-fogo à libertação de reféns”, diz o comunicado, que acrescenta ainda que “isto constitui um claro afastamento da posição consistente dos EUA no Conselho de Segurança desde o início da guerra”.
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que um cessar-fogo poderia ter ocorrido “há meses”, se o grupo terrorista Hamas estivesse pronto para libertar os reféns israelenses. Ela acusou a organização de criar obstáculos para se alcançar a paz.
“Hoje o meu pedido aos membros deste Conselho… é falem e exijam inequivocamente que o Hamas aceite o acordo que está na mesa”, disse.