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Condição cerebral rara transforma pessoas em monstros

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Um norte-americano de 58 anos foi diagnosticado com uma condição neurológica rara chamada prosopometamorphopsia, ou PMO. Por mais de dois anos e meio antes de frequentar o laboratório do Departamento de Ciências Psicológicas e do Cérebro do Dartmouth College, em New Hampshire, o homem viu os rostos ao redor se distorcerem em caricaturas grotescas. As pessoas apareciam com ranhuras na testa, bochechas e queixos, e tinham os olhos e bocas esticados.

Com o tempo o homem habituou-se às máscaras bizarras que sua mente impôs sobre aqueles que encontrou. Ele ainda conseguia reconhecer as pessoas, e sua realidade permanecia firmemente ancorada no lugar. Por mais horríveis que fossem as imagens.

Como esse paciente podia ver rostos distorcidos e reais, isso apresentou aos pesquisadores uma oportunidade de visualizar com precisão o que ele estava vendo.

No estudo, publicado na revista científica The Lancet, os pesquisadores tiraram uma foto do rosto de uma pessoa e, em seguida, com a pessoa real na sala, mostraram a foto para o paciente na tela do computador e pediram que ele comparasse as diferenças em tempo real.

Neste caso, apenas rostos da vida real foram afetados. Uma fotografia das mesmas características permaneceu sem distorções, proporcionando aos pesquisadores uma oportunidade única de mapear com precisão a mudança precisa nas características. Ao fornecer ao homem fotografias de voluntários presentes na sala, os pesquisadores puderam estudar comparações detalhadas das imagens contrastantes.

Exemplos de um rosto de homem e uma mulher distorcido pelo PMO. (A. Mello et al., The Lancet, 2024)

 

“Ouvimos de várias pessoas com PMO que elas foram diagnosticadas por psiquiatras como tendo esquizofrenia e colocadas em antipsicóticos, quando sua condição é um problema com o sistema visual”, disse o autor sênior Brad Duchaine.

Quanto ao objeto do estudo de caso, especula-se que uma pequena lesão de 1 centímetro vista na parte superior esquerda de seu hipocampo em uma ressonância magnética possa ser a responsável.

A boa notícia é que, após um ano de observações, a lesão permaneceu inalterada. E ao compartilhar sua experiência, isso pode ajudar outras pessoas em posições semelhantes a se sentirem menos angustiadas e sozinhas.

“Não é incomum que as pessoas que têm PMO não contem aos outros sobre seu problema com a percepção facial porque temem que os outros pensem que as distorções são um sinal de um transtorno psiquiátrico”, diz Duchaine. “É um problema que as pessoas muitas vezes não entendem.”

 

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