(Rodrigo Constantino, publicado no jornal Gazeta do Povo em 26 de julho de 2024)
O casal Obama finalmente endossou a candidatura de Kamala Harris para presidente, lembrando que a cúpula democrata ungiu a vice-presidente como a candidata após desistência de Joe Biden, atropelando todo o processo democrático do partido. Mas o que mais chamou a atenção não foi o apoio de Obama e Michelle, que era esperado; foi a forma como isso se deu.
Kamala está andando e recebe uma ligação “inesperada”: Barak Obama! Ela segue andando enquanto o ex-presidente diz que não poderia estar mais orgulhoso de apoiá-la nessa trajetória da campanha para a Casa Branca como presidente. Kamala, então, agradece “emocionada” pelo apoio. Tudo isso divulgado num vídeo da campanha de Kamala Harris, que já recebeu uma fortuna dos grandes doadores esquerdistas.
Tudo tão… Fake! A encenação não passou despercebida, e vários estão apontando enojados para o teatro patético. É puro pastelão! O Partido Democrata trata o povo americano – ou ao menos seu eleitor – como audiência de realityshow na TV. E faz sentido: afinal, o esquerdista é mesmo alguém que adota a visão estética de mundo no lugar da realidade. Tudo pelas aparências, pela “vibe”, pela “feel good sensation”.
O que um típico esquerdista quer é se sentir a alma mais bondosa do planeta. E dane-se o resultado concreto! Se a esquerda ligasse para as consequências de suas ideias, abandonava o esquerdismo, já que ela nunca é capaz de entregar bons resultados. Mas o esquerdismo sobrevive por essa tendência inata em alguns de colocar a imagem acima da realidade, de substituir fatos por narrativas reconfortantes.
Agora a velha imprensa já trabalha pesado na criação e uma nova personagem para Kamala Harris. Um papel totalmente falso, claro, já que Harris é uma radical esquerdista que flerta abertamente com o comunismo, prega a agenda ambientalista fanática e apoia o extremismo no discurso contra a polícia e a favor a imigrantes ilegais. Se o povo americano conhecesse a verdadeira Kamala na campanha, jamais votaria nela. Mas o que vem aí é um roteiro de cinema, com o apoio da turma de Hollywood.
É impressionante como tudo na esquerda é falso! São todos hipócritas, calculistas, atuando numa espécie de Truman Show em que o eleitor é o pobre coitado do Truman, personagem de Jim Carey, enganado pelos atores cientes de seus respectivos papeis. A esquerda tem um script, apenas isso. Até um homem laranja com um cabelo estranho e uma fala engraçada é infinitamente mais autêntico e genuíno do que esses democratas robotizados…