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Aiatolá do Irã ordena ataques a Israel após morte de líder do Hamas, diz jornal

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Agência Estado

 

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, emitiu um ordem de ataques diretos a Israel em retaliação ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder do Hamas morto em Teerã. A informação foi confirmada por três autoridades iranianas ao The New York Times.

O líder do Hamas estava em Teerã para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, quando foi morto. Tanto o grupo terrorista como o governo iraniano culparam Israel, que não confirma nem nega o envolvimento no ataque.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu disse que Israel “desferiu golpes devastadores” contra seus inimigos. Ele se referiu diretamente ao ataque que matou o comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, apontado como responsável pela ofensiva que matou 12 crianças nas Colinas do Golã. Mas não mencionou Ismail Haniyeh.

“Acertamos nossas contas com Mohsen e acertaremos nossas contas com qualquer pessoa que nos faça mal”, declarou, referindo-se o nome de guerra do comandante do Hezbollah.

“Qualquer um que mate nossas crianças, qualquer um que assassine nossos cidadãos, qualquer um que faça mal a nosso país, sua cabeça tem um preço.”

O Irã apoia o Hamas na Faixa de Gaza, o Hezbollah no Líbano e outros grupos que integram o chamado “Eixo da Resistência”. O regime iraniano aumenta a pressão com ataques dos seus aliados por procuração.

Em abril, Teerã lançou um ataque sem precedentes a Israel com uma saraivada de mísseis e drones em resposta ao ataque matou comandantes iranianos no prédio consular em Damasco, Síria. A muito anunciada retaliação foi quase que inteiramente interceptada, sem causar muitos estragos.

Agora, o regime considera uma nova rodada de ataques com mísseis e drones contra alvos militares, possivelmente, em coordenação com grupos aliados no Iêmen, Síria e Iraque, disseram as autoridades ouvidas pelo The New York Times. Ainda não está claro, no entanto, em que intensidade ou se o Irã vai calibrar a ofensiva para demonstrar força sem escalar o conflito, como fez da última vez.

Khamenei orientou o comando militar e a Guarda Revolucionária a preparar planos de ataque e defesa para o caso de escalada do conflito no Oriente Médio ou ataque dos Estados Unidos, principal aliado de Israel. Publicamente, o líder supremo ameaçou “punição severa” após a morte de Ismail Haniyeh em Teerã.

Assim como ele, o novo presidente Masoud Pezeshkian, o ministro das Relações Exteriores, a Guarda e até a missão do Irã na ONU disseram abertamente que tem o direito de se defender e vão retaliar.

Os Estados Unidos reconhecem que os ataques não contribuem para conter a tensão, mas descartam uma expansão do conflito de imediato.

“Certamente não ajudam a baixar a temperatura”, disse o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

“No entanto, não há sinais de que uma escalada seja iminente”, completou.

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